Extratos da nossa reunião de 13/12/2015

Casa cheia. Com a leitura do Credo Acadêmico, o Presidente Prof. Leonardo Prota deu início à última reunião da nossa Academia no ano de 2015, passando a seguir a palavra para o Mestre de Cerimônias, Jonas Rodrigues de Matos, que fez as apresentações do dia.

DESTAQUES ACADÊMICOS

Nossa Acadêmica e poetisa Leonilda Yvonneti Spina e o Mestre de Cerimônias Jonas Rodrigues Matos
- Declamação
Pela Acadêmica e poetisa Leonilda Yvonneti Spina
"Pé Vermelho", de sua autoria


Sou “pé vermelho”.
Nasci ouvindo sons de serras,
carroças rangendo nas ruas,
meninos brincando na terra poeirenta,
pés descalços, costas nuas.

Ouvia casos de onças
rondando a redondeza.
Também histórias de índios:
- Caingangues, guaranis...

Passei infância tranquila
caçando sabiás, bem-te-vis,
encantado com muitas lendas
de caiporas, sacis.
(E também de afogamentos 
de marginais, no Tibagi...)
Serão fatos ou boatos?
- São histórias que ouvi...

Diziam que antigamente,
na “Capital do café”
os negócios importantes 
se davam nos cabarés.
O luxo era tal e tanto
que a fama desta cidade
corria por todo canto.

Sou “pé vermelho”.
Nasci amassando barro,
vendo rastro de carro 
fazendo sulco no chão.
Eu não deixo este rincão...
Ah! Não deixo não!

Vi cada dia se erguer 
nova casa de madeira
e crescerem os bordéis.
Ah! Os bordéis...

Vi o asfalto calçando as ruas, 
canteiros de flores na praça,
- o progresso se acelerando
nas espirais de fumaça.
Ah! O namoro na praça!...

O retrato da cidade 
no “lambe-lambe” se apagou...
Hoje ela mudou muito.
Ora... como mudou!
Tantas rádios operando, 
canais de televisão,
colégios, teatros, museus, igrejas,
aeroporto, autódromo, “Zerão”.
Clubes, universidades,
estádios de futebol, “Moringão”. 
(E a garra do “Tubarão”!)

Londrina já tem “calçadão”
pra quem não quer fazer nada
e avenidas repletas
que passam a noite acordadas.

Índios passeiam nas ruas,
vendem cestos, armam tendas.
Distante está meu passado...
Perto estão antigas lendas.

- Vocês já viram Londrina
palpitando, ao meio-dia, 
na Avenida Paraná?
Até parece São Paulo,
no “Viaduto do Chá”!

Sou “pé vermelho”,
corajoso, aventureiro.
Faço tudo pra ganhar dinheiro:
- ao sol, no solo, a pé, na pedra...

Sou artista, corretor...
E tenho um orgulho danado
deste lugar abençoado!
- Sou “pé vermelho”, sim senhor! 
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- Apresentação de conto inédito

Contamos com a presença da Professora, palestrante e agora contista Aurora Fernandes, que nos brindou com a leitura de um dos seus contos, "Descompasso de Amor"que faz parte do seu primeiro livro a ser lançado no início de 2016. A Professora já apresentou em nossa Academia a palestra "De oprimida e explorada a liberta e autônoma: o empoderamento feminino desvendado pelo universo da mulher longeva", em outubro de 2014. Aurora Fernandes é Doutora em psicologia social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mestre em educação pela Universidade Federal do Paraná, professora do Departamento de Psicologia da Universidade Estadual de Londrina. Possui graduação em psicologia pela Universidade de São Paulo, tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Fatores Humanos no Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: aposentadoria, trabalho e tempo livre, psicologia organizacional, envelhecimento e significado do trabalho. 
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- Declamação: "Encontro de Luz"


O Professor Aparecido Guergolette, poeta, Membro Colaborador Cultural de nossa Academia, autor de vários artigos publicados em jornais de Londrina,  apresentou poemeto (como o chama) de sua autoria, intitulado "Encontro de Luz". Antes da apresentação, comentou  que estava caminhando no lago Igapó 2, quando foi abordado por um menino, sem camisa e descalço, aparentando uns 7 ou 8 anos de idade, e lhe pediu um dinheiro. Mas, como estava se exercitando. respondeu-lhe que não tinha dinheiro para dar. O menino disse-lhe: "então eu te perdoo". O garoto saiu caminhando, porém, mancando de um pé, as costas feridas e um lado do rosto, aparentemente queimado.

Naquele momento, o sino da igreja São Francisco de Paulo tocou. Ele [o menino] falou à sua mãe: "escuta o sino batendo lá em Jerusalém: belém, belém, belém". Assim, nasceu o referido poemeto que não fala do Natal, mas fala de Jesus: 


Caminha o menino,/ Em busca do além
E ouve o sino,/ Lá em Jerusalém,/
Belém, Belém, Belém! Lá em Jerusalém.

Caminha o menino,/ Com o pé machucado,
O corpo esquecido/ E o rosto queimado,/
A sede sufoca/ E a fome atordoa,
O caminhante menino,/ Que sempre perdoa.

Com as costas feridas,/ Caminha o menino,/
A meta, o destino,/ O encontro da Luz;/
Que celebra o amor,/ O sangue da Paz,/
E, quem é o menino?/ Uma voz, é Jesus!

Caminha o menino,/ Com o pé machucado,
O corpo esquecido/ E o rosto queimado,/
A sede sufoca/ E a fome atordoa/
O caminhante menino,/ Que sempre perdoa.
E, quem é o menino?/ Uma voz, é Jesus!

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- Visita de Acadêmica


Recebemos a visita de Ofélia Terezinha Baldan, da Academia Itapemense de Letras. Londrinense, morou em Itapema, SC por cerca de três décadas  e está de volta à nossa cidade.
Terezinha, como gosta de ser chamada, declamou uma poesia muito criativa e bem-humorada de sua autoria, sobre os personagens Jesus e Madalena - apenas uma coincidência de nomes - mas que despertou grande suspense. A verdadeira história dos personagens foi revelada apenas no final.
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MOMENTO DE ARTE

Contamos com a presença da artista plástica Neldy Kalau, Colaboradora Cultural da nossa Academia. Filha de pioneiros, há décadas vem ministrando aulas de pintura nesta cidade e tem participado de inúmeras exposições coletivas em variados espaços. Especializou-se em retratar a natureza e os temas de suas obras são principalmente flores e as árvores símbolos do Paraná, araucária e peroba. Possui um número considerável de telas em coleções particulares e em consulados e embaixadas de vários países. É Cidadã Honorária de Londrina.
Neldy trouxe três das suas obras que foram muito elogiadas pelos presentes.
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PALESTRA
“Conto e Romance. O conciso e o vasto na arte literária” 
Dr. Marco Antonio Fabiani *

O palestrante abordou esses dois troncos da arte literária, que trilharam caminhos diferentes ao longo da história da literatura.
A origem do conto se confunde com a própria história da humanidade, por ser uma expressão da necessidade atávica de nós todos de narrarmos aquilo que vemos, que sentimos, cenas do nosso cotidiano. Se levarmos esse raciocínio ao limite é possível apontar traços de contos nas pinturas rupestres nas cavernas pré-históricas. Apesar de sua antiguidade o conto traz ainda hoje resquícios das formas mais primitivas de contar uma história. E no conto moderno iniciado com Poe ele passa a ter verdadeiramente uma forma artística, uma expressão da arte literária.
O romance, com múltiplos focos, enredos mais longos e elaborados já nasce como obra cultural, espelhando seu tempo, captando a complexidade das épocas em que ele nasce.
Como símbolo do romance moderno, citamos Dom Quixote de La Mancha e Robinson Crusoé. Ambos se definem por uma característica essencial do homem moderno que é o desejo reconstruir o mundo conforme sua vontade. Em Dom Quixote, um fidalgo que mata a realidade e reconstrói o mundo como fantasia e Robinson Crusoé que após um naufrágio chega a uma ilha que ele faz como seu mundo idealizado.

* Médico formado pela UEL em 1980. Participou dos movimentos estudantis da década de 70, inclusive escrevendo nos jornais acadêmicos da época. Daí o gosto pela escrita. Em 2004 publicou sua primeira coletânea de contos “Trilhas do fogo”. Em 2005 “Contos de pau e pedra”. E em 2009 “Histórias de um Norte tão velho”. Recebeu Menção Honrosa pelo conto “As três pontas do laço” em 2006 no concurso da Secretaria de Cultura do Paraná. Tem trabalhos publicados nas revistas Cult e Coyote e participa frequentemente de eventos literários na região. Publicou seu primeiro romance “A memória é um pássaro sem luz” em setembro de 2013.

Nota de Falecimento - Amani Spachinsky de Oliveira

Na tarde do dia 25/11, faleceu o filósofo, teólogo, imortal da AML (Academia Mourãoense de Letras), poeta, escritor, contista, articulista, membro da AME (Associação Mourãoense de Escritores) e presidente da AMF (Academia Mourãoense de Filosofia), Amani Spachinski de Oliveira. 

Em Ponta Grossa, fez Filosofia e Teologia. Em 1980 foi ordenado padre pelo Bispo Dom Frederico Helmel e exerceu o ministério sacerdotal em Pitanga – PR. Em 1983, “deixou a batina” para casar-se. Em 1987 iniciou o Curso de Letras - Literatura na Universidade Estadual de Guarapuava. Em 1988, fez reconhecimento do Curso de Filosofia na FACITOL em Toledo e habilitou-se em Filosofia, Sociologia e Psicologia. Era especialista em Filosofia e Psicopedagogia e doutorando em História.

Amani era também presidente da Associação Mourãoense de Escritores, palestrante, conferencista e filósofo clínico em formação, professor de Filosofia nos Cursos Médio e Superior, poeta e contista.

A Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina estende suas condolências à família, a todas as entidades a ele relacionadas e especialmente à co-irmã Academia Mourãoense de Letras.

Extratos da nossa reunião de 08/11/2015

PALAVRA DO PRESIDENTE


"O Sentido da Vida"


Uma breve reflexão sobre o sentido da vida, no momento em que, de toda parte surge um desabafo a respeito das dificuldades de continuar vivendo.
Uma conhecida fábula de Sócrates pode servir de embasamento de nossa reflexão.  Secundo Sócrates, a alma humana é comparável a um “coche”, puxado por dois cavalos alados, guiados por um “cocheiro”; um cavalo é nobre e generoso, atraído por tudo que há de elevado e perene, ao passo que o outro é apenas força bruta, incapaz de distinguir entre ideias  e apetites rasteiros.
Se este segundo cavalo (o de apenas força bruta) é mais forte que o primeiro (nobre e generoso), a alma tende a permanecer colada à terra, próxima do chão. Ao contrário, se o cavalo mais nobre é o mais vigoroso ou se o cocheiro consegue  estimulá-lo e dar-lhe força, a alma se ergue e se aproxima  do que Sócrates chama de verdades eternas , que hoje  identificaríamos como “ideais”.
O pensamento de Sócrates torna-se claro, na modernidade, na interpretação kantiana. Kant estabelece uma distinção fundamental entre ideia e ideal. As ideias não derivam dos sentidos e não podem ser encontradas na experiência. Ao mesmo tempo, não se destinam a organizar a experiência científica, mas se constituem em ideais.
Ele procura esclarecer essa distinção ao falar do ideal de perfeição: “A virtude e, com ela, a sabedoria humana em toda a sua pureza, - ele afirma - são ideias. Mas o sábio é um ideal, isto é, um ser humano que não existe senão em pensamento, mas que corresponde plenamente à ideia de sabedoria. (...) Nós não temos, para julgar nossa ação, outra regra senão a conduta desse ser divino que conduzimos em nós e ao qual nos comparamos para nos julgar e também para nos corrigir, mas sem poder jamais alcançar a perfeição”.
O que estimula, portanto, o “cavalo alado” em Sócrates é o “ideal”; e a grande conquista  da Cultura Ocidental é a descoberta do conceito de Pessoa, que supera, em todo sentido, o conceito de cidadão.
As ideias que configuram o ideal de pessoa são: Perfeição, Responsabilidade, Fraternidade e Liberdade.
As três primeiras encontram sua fundamentação na tradição judaico-cristã  e, precisamente, no Decálogo  e no Sermão da montanha; a ideia de liberdade, por sua vez,  inclui-se entre os temas mais amplamente debatidos pelos filósofos.
O assunto é de suma importância; naturalmente, mereceria um aprofundamento mais adequado, que poderá acontecer numa outra oportunidade. Tratando-se, hoje, de uma breve reflexão, fixemos os pontos conclusivos:
- Toda mudança voluntária em nossa existência é motivada por “ideais”, construídos por ideias.
- Entre os ideais, peculiar importância, na cultura ocidental, é dada ao “ideal de pessoa” ou da pessoa ideal.
- O empenho em perseguir esse ideal de pessoa movimenta nossa existência; constitui, portanto, o significado de viver. É nesse empenho persistente de alcançar sua própria realização que uma pessoa encontra o sentido da existência.

Prof. Leonardo Prota

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Mestre de Cerimônias
Contamos novamente com a presença do Mestre de Cerimônias Jonas Rodrigues de Matos, que conduziu e enobreceu a reunião deste domingo.

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Destaques Acadêmicos
Declamação pela Acadêmica e Poetisa
Leonilda Yvonneti Spina



"As Três Coroas", de Guilherme de Almeida

Na sala do museu, as três coroas
conversavam. Uma, a que era de ouro, 
disse às outras: – “Eu fui de um rei.
E curvei meu rei como uma pluma,
ao peso bom das minhas joias tutelares.

Tive um reino a meus pés, 
com soldados e teares
e torres brancas e altas como luas
e searas mais maduras, 
mais loiras do que o sol
e navios enormes como os templos
de Deus e os palácios dos homens...

Fui tudo: rica, poderosa, bela...
Tive um rei a meus pés
 e um céu sobre nós dois...

Depois, pesei demais para a cabeça
velha do meu rei – e caí. 
E puseram-me aqui!”

A segunda coroa, a de louros,
falou: – “Nasci na Grécia. 
Eu fui o gesto verde que abençoa! 
E, inatingível como uma promessa,
gesticulei na ponta viva do meu loureiro,
chamando os poetas e os heróis
do mundo inteiro. 

Junto a mim, sob a copa alta e redonda,
eles cantaram e lutaram, 
estenderam-me os braços – e passaram! 

O amor passou também 
com flautas e com danças.
com uvas nos chavelhos, 
ou com rosas nas tranças,
oferecendo a boca ou abrindo os joelhos,
ou tatuando na pele do meu tronco
a data de um encontro, a data de um adeus...

O amor ergueu também 
seus braços para os meus!
Não sei qual foi a mão que me colheu,
porque logo murchei...”

Então, a terceira coroa, 
a coroa de espinhos, disse às outras: 
– “Eu fui uma urze dos caminhos.
Vivi só, sempre só, 
escondendo venenos sob o pó.

Mas, um dia, enrolaram-me
à cabeça de um homem
que era branco como um louco 
e belo, e bom como a tristeza,
e puro como o fogo... E sofrendo, 
e sofrendo, ele morreu comigo.

Então fiquei sabendo
que eu valia tesouros e tesouros,
mais que as coroas de ouro
e as coroas de louros:
– porque eu coroei os reis e os heróis,
eu coroei todos os homens... 
E ainda não murchei!”

A Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina sente-se honrada com as recentes premiações recebidas pela nossa Acadêmica e poetisa:
- Terceiro lugar em poesia e Segundo em trova no concurso literário nacional promovido pela Academia Pan Americana de Letras e Artes, do Rio de janeiro.
- Segundo lugar em concurso de poesias de Maranguape, no Ceará.
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Dr. José Ruivo da Silva: 21 Anos de Academia
O Acadêmico e médico Dr. José Ruivo da Silva ocupou a tribuna para falar dos seus 21 anos como Acadêmico na Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina. Sua posse ocorreu no dia 4 de novembro de 1994 e, junto com ele, foram empossados Déa Alvarenga, Edison Maschio, Eduardo Afonso, Leonilda Yvonneti Spina, Leonardo Prota, Lincoln Brasil e Silva, Luiz André Correia Lima, Maria Aparecida Machado Frigeri, Maria Lucia Victor Barbosa, Paulo Menten, Roberto Barros e Semíramis Lück.
Essa foi a primeira cerimônia de posse a partir da fundação da Academia, em 1978.
O Acadêmico aproveitou para fazer uma breve análise bem pessimista da situação mundial, destacando o teor de quatro livros que abordam o poder da mídia internacional, o poder econômico do futuro, nas mãos das grandes corporações, e as forças ocultas que nos controlam.
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Leitura da carta brasileira vencedora do 44º Concurso Internacional de Cartas da UPU 2015
Contamos com a presença do publicitário Victor Gouveia, que fez a leitura da carta brasileira vencedora do 44º Concurso Internacional de Cartas da UPU 2015 - União Postal Universal, conquistada por um garoto brasileiro de apenas 15 anos, de Rondônia:

Tema: Escreva uma carta para você descrever o mundo onde gostaria de crescer.

Caro mentor,
Como vão as coisas no Brasil? Continua a recrutar jovens para missões de voluntariado ao redor do mundo? Estive demasiadamente ocupado nos últimos dias e devido às dificuldades de comunicação neste território, não pude escrever antes, mas agora com os esforços de outros voluntários da Organização das Nações Unidas, conseguimos instalar o serviço postal nesta região remota da África Subsariana e ficará mais fácil nos comunicarmos. A saudade do meu país é enorme, mas não posso deixar de dizer que estar aqui desenvolvendo esse maravilhosos trabalho, me deixa muito feliz. 
Já faz alguns meses que estamos transformando a rotina de comunidades isoladas e disponibilizando o acesso à educação e tecnologia.
Participar dessa causa humanitária é uma grande honra, pois ajudando a quem necessita estou colaborando para a construção do mundo onde gostaria de crescer: mais justo e solidário. Sou uma das 140 milhões de pessoas que acreditam e lutam todos os dias para que todos tenham também a chance de transformar suas realidades. 
Mesmo com nosso trabalho, muitas comunidades permanecem sem acesso aos recursos básicos ditados na Declaração dos Direitos Humanos, tais como saúde, alimentação, moradia e educação. 
Sonho com um dia em que essas crianças, hoje sem oportunidades, verdadeiras guerreiras que lutam cotidianamente contra a miséria e a fome, possam usufruir de um mundo melhor. 
Sabe, mentor, além do que eu imaginava, o trabalho voluntário não e apenas uma atividade de doação, engajamento e superação, mas também uma experiência de autoconhecimento, onde aprendemos com nossos próprios atos e descobrimos que a única coisa realmente importante ao ajudar outra pessoa é o tempo e o amor que você pode investir.
Durante esse tempo passado aqui, tive a oportunidade de aprender que sonhos e planos de nada valem se não tivermos coragem para lutar por eles, mesmo que para isso tenhamos que arriscar nossas vidas. Este aprendizado me fez recordar do poema “O homem, as viagens”, de Carlos Drummond de Andrade. Nele o eu-poético narra a inquietação do ser humano por desbravar o desconhecido, sua busca por algo que traga sentido para a vida e as consequentes transformações que ele causa nos lugares visitados.
Entendi que a chave para construir o mundo que eu tento buscava ao me tornar voluntário estava, durante todo esse tempo, dentro de mim mesmo. Tal como o protagonista do poema no final de sua jornada pelo cosmos restou-me empregar a mais difícil viagem de 
todas: aquela ao interior do meu próprio coração.
Este mundo onde eu gostaria de crescer tem muito dos sonhos dos que me antecederam e dos que me são contemporâneos: a paz tão almejada da canção de John Lennon; a sociedade sem segregação racial de Nelson Mandela; o mundo onde todos tenham direito à educação, de Malala Yousafzai; a sociedade onde as pessoas sejam julgadas por seu caráter e não pela cor de sua pele, defendida por Martim Luther King Jr; um local repleto de amor, como pregado por madre Tereza de Calcutá e consciente para a utilização dos recursos naturais, como dita o legado de Chico Mendes.
Sonho com um mundo onde as pessoas sejam voluntárias do cotidiano, doando não somente dinheiro, mas tempo e atenção àqueles que estão ao seu lado. Percebo a mudança que a soma desses pequenos atos representa e vejo que, mesmo com todas as adversidades que enfrentamos atualmente, o mundo que eu quero crescer também depende de mim, pois passa pela minha mão, pelo meu suor, pela minha mente.
O trabalho que realizo é apenas um pequeno gesto, um trabalho de formiguinha, mas sei que através das ações que realizo cotidianamente, caminho aos poucos em direção a esse mundo desejado.
Pode parecer para alguns um objetivo impossível de ser alcançado, um sonho que não se pode concretizar, mas lhe digo, querido mentor: também acredito no que diz Victor Hugo, “não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã”.
Um abraço do seu sempre aprendiz 
Lembranças do futuro

Leonardo Silva Brito – 15 anos – segundo ano do ensino médio - Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade


Victor Gouveia é criador e redator publicitário, autor do livro “Palavras Poderosas - 36 ferramentas para novos redatores e criativos publicitários” e coautor do livro “Humor na Terceira Idade - Citações, Ditados e Anedotas”, de Hugh Thomas, filho de Arthur Thomas
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Momento de Arte

Nosso Momento de Arte foi enriquecido com a apresentação dos trabalhos em aquarela da Profa. Neusi Berbel. Para ela, a arte é um hobby e seus quadros não são colocados à venda. Neusi especializou-se em aquarelas, trabalhando a partir de fotos de terceiros ou próprias. Seu estilo é hiper-realista, como ela mesmo o chama. De fato, parecem pinturas a óleo, com os mínimos detalhes trabalhados e retrabalhados, fugindo do estilo usual das aquarelas, ao qual estamos habituados.
Neusi apresenta trabalhos com flores, borboletas e pássaros, onde a busca pelo perfeccionismo salta aos olhos. Já expôs suas obras na Casa de Cultura José Gonzaga Vieira, no Espaço Cultural CEDDO, no Espaço Cultural da Livraria Porto do Shopping Catuaí e no Espaço de Exposições da Biblioteca Central da UEL, entre outros. 
Na sua vida profissional, atua na área de Educação e Saúde, possui cerca de 20 livros publicados, de sua autoria, coautoria com colegas e com alunos da pós-graduação.Tem também vários artigos publicados em revistas nacionais, sempre na área pedagógica. 

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Palestra
“Dignidade Humana e a Valorização do Trabalho no Âmbito do Estado Democrático de Direito: Problemas e Perspectivas”
Dinaura Godinho Pimentel Gomes *


A palestrante abordou os principais lineamentos filosóficos e jurídicos a respeito da dignidade humana e dos Direitos Humanos.

"A dignidade humana consiste em considerar que cada pessoa possui um espírito próprio,  impessoal, o que a torna capaz de tomar suas próprias decisões a respeito de si mesma e de tudo que gira ao seu redor.  Trata-se, portanto, de um valor que resulta desse traço distintivo do ser humano, dotado de razão e consciência. Suas raízes advêm do pensamento clássico, eis que se vincula à tradição bimilenar do pensamento cristão, quando enfatiza que cada Homem se relaciona com um Deus que também é pessoa.  Nesse sentido, cumpre-me trazer à baila parte do elegante elogio da filosofia refletido na “Oratio” de Pico Della Mirandola, um dos mais notáveis representantes do Humanismo Renascentista (1463-1496):


A dignidade da pessoa humana não é  - nem nunca foi – uma criação do Estado,  mas um dado que preexiste a ele, razão por que, no âmbito do Direito, só o ser humano é o centro e o valor supremo da ordem jurídica.
No contexto da evolução histórico-filosófica da ciência jurídica, destaca-se também o pensamento de Immanuel Kant como o mais expressivo ao conceituar a dignidade da pessoa humana como fim e não como meio. Serve para afastar  toda a linha do pensamento voltada contra qualquer tendência à coisificação ou instrumentalização do ser humano, jungida à exigência por ele enunciada como segunda fórmula do imperativo categórico. Portanto, sua assertiva de que “o homem, e duma maneira geral, todo o ser racional, existe como um fim em mesmo, não só como meio para o uso arbitrário desta ou daquela vontade”  -  é mais do que oportuna para os dias de hoje, no sentido de chamar à reflexão  o valor da pessoa humana como ser social, como valor-fonte de todos os valores, na hodierna e feliz expressão do jusfilósofo brasileiro Miguel Reale". 
A palestrante apresentou alguns slides extraídos de visita aos Campos de Concentração  de Dachau, na Alemanha, e Auschwitz, na Polônia, "com o propósito de reacender, realimentar o sentimento de justiça e o espírito de humanidade que habitam em cada um de nós e que se manifestam por meio de respeito à dignidade do outro.
Após esses horrores de extermínio brutal da era Hitler, o que levou à formação do Movimento Internacional de Reconstrução dos Direitos Humanos e à  Declaração Universal Dos Direitos Humanos (adotada e proclamada pela Resolução n. 217 da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948), assinada pelo Brasil na mesma data. 
Com a Declaração manifesta-se o primeiro passo universal de reconstrução da sociedade e do Estado em prol do bem de todas as pessoas, sem qualquer distinção, tendo como núcleo central o respeito à dignidade da pessoa humana, a exemplo do que dispôs, logo depois, a Lei Fundamental da República Federal da Alemanha, de 23 de maio de 1949, que, por primeiro, elevou a dignidade da pessoa humana a fundamento do próprio Estado, ao proclamar, no seu art. 1º, o seguinte: 
(1) A dignidade da pessoa humana é inviolável. Todas as autoridades públicas têm o dever de a respeitar e a proteger. 
(2) O Povo Alemão reconhece, por isso, os direitos invioláveis e inalienáveis da pessoa humana como fundamento de qualquer comunidade humana, da paz e da justiça no mundo... 
(3) Os direitos fundamentais a seguir enunciados vinculam, como direito diretamente aplicável, os poderes legislativo, executivo e judicial. 
Não existe cidadania sem trabalho, isto é, no desemprego involuntário, no trabalho informal e precário. A propósito, o art. 6º de nossa Lei Maior, que constitui o Núcleo Normativo do Estado Democrático de Direito, destaca o direito ao trabalho como um dos direitos fundamentais sociais. 
Coube ao governo de Getúlio Vargas estruturar a organização política, econômica e social do país, para assim realizar a mudança do cerne da atividade econômica, notadamente lastreada na agricultura, para a indústria, de modo a implantar o regime capitalista de produção. É nessa fase que desponta a Legislação Protetiva Laboral, considerada a época fértil da institucionalização do direito do trabalho, mediante o surgimento de inúmeros decretos direcionados à organização de política trabalhista, envolvendo a criação do Ministério do Trabalho, Departamento Nacional do Trabalho, a Carteira Profissional, foi regulamentado o horário de trabalho no comércio, limitada a jornada diária em oito horas, o Trabalho da Mulher, as ocorrências configuradoras de Acidentes do Trabalho e, em 1938, instituído o Salário Mínimo.


Nossa realidade contemporânea aponta a prevalência da ideologia neoliberal, desencadeando a omissão ética, por parte de grupos de agentes econômicos, de bem assegurar a observância dos direitos sociais fundamentais. Nessa senda, a busca do lucro vem posicionada como a essência da democracia e o ser humano colocado a serviço da economia. 
A competição do mercado globalizado torna-se cada vez mais impiedosa: para os empregados mais qualificados, com significativa capacitação, blocos econômicos e grandes empresas, não raro, impõem “dedicação e disponibilidade total”, aumentando drasticamente seus ritmos de trabalho. Por outro lado, para os trabalhadores de baixa qualificação e remuneração, essas mesmas ou outras grandes empresas transnacionais mantêm no seu âmbito periférico, pessoa físicas ou jurídicas especializadas, na condição de parceiras, para o desempenho de atividades consideradas acessórias e de apoio, tudo de modo a terceirizar partes do seu processo produtivo.  
A intenção desses grandes grupos empresariais consiste apenas em transferir o risco de sua atividade econômica àquela outra empresa de porte menor, sem capacidade patrimonial para garantir os créditos dos  empregados envolvidos, de modo a deixá-los ao total desamparo. Cria-se, portanto, um círculo vicioso de total afronta à dignidade e direitos desses trabalhadores que passam a integrar um setor informal inesgotável a serviço de “cadeias globais de produção e fornecimentos”. Outras drásticas situações, no mundo trabalho, vêm ocorrendo com a utilização de trabalho humano análogo à condição de escravo". A palestrante citou vários exemplos destas irregularidades.
"No âmbito do Estado Democrático de Direito, impõe-se combater, com rigor e definitivamente, essas brutais violações à dignidade de todo e qualquer trabalhador. Urge colocar em prática um esquema de cooperação entre as funções estatais e as forças produtivas, em busca de um desenvolvimento econômico que leve, de fato, ao progresso social do país, sem o câncer da corrupção. Incumbe ao Poder Judiciário a relevante tarefa direcionada a fazer valer a Constituição Federal, de forma a realizar seus valores e real sentido em prol de uma sociedade mais humana, mais inclusiva e mais justa, principalmente no mundo do trabalho, pois os excluídos já não podem mais esperar". 

* Doutora em Direito do Trabalho e Sindical pela Universidade Degli Studi di Roma – LA SAPIENZA – com revalidação pela USP. Pós-doutora em Direito junto à PUC-SP. Pós-Graduada em Economia do Trabalho (Curso de Especialização) pela UNICAMP. Membro Permanente da Academia Paranaense de Direito do Trabalho. Juíza do Trabalho – TRT- PR (aposentada). Professora Universitária. Advogada.

Extratos da nossa reunião de 11/10/2015

PALAVRA DO PRESIDENTE


"(Leitura): À Guisa de Conclusão"

Iniciamos nossa reflexão sobre : “Leitura: explicitações e implicações” com a identificação dos conceitos: Convívio e Isolamento, que constituem os pilares da construção de plena realização do ser humano. Um convívio nobre, respeitoso e elevado, proporcionado por um silencioso isolamento. Esse isolamento é alimentadopelo pensamento e a reflexão. Todo esse contexto resulta num ambiente propício que é facilitado pela leitura. 
Após termos apresentado considerações que explicitam o significado da leitura e, por outra, as que confundem esse real significado, passamos à tentativa de esboçarmos uma conclusão, formulando uma pergunta: “Qual é, especificamente, o objetivo da leitura?”
Aparece claramente à nossa mente que o objetivo da leitura é a formação cultural do ser humano. A leitura torna o leitor sempre mais culto.
Vejamos, portanto, o que deve-se entender por cultura.
Há o conceito antropológico, visto como a soma de obras, ideias, costumes, atividades... de um povo; e o conceito originário. Os filósofos da antiga Grécia foram os criadores da ideia de cultura concebida como um ideal original de formação humana. 
Somos herdeiros do mundo Greco-romano e do Cristianismo e, por conseguinte, de uma forma de situar o ser humano no mundo e de valorizá-lo. Nessa mundividência, a que estamos profundamente vinculados por uma riquíssima herança, a cultura não é concebida como uma amálgama de traços que se acumulam de qualquer modo, mas como ideia inseparável de formação pessoal, para a qual os valores não se equivalem, mas obedecem a princípios e se articulam em função de regras que decorrem de um ideal  humano que se poderia exprimir  na famosa frase de Sêneca: “O ser humano é coisa sagrada para o ser humano” (Homo, sacra res homini). Cultura é formação, plasmação, configuração do indivíduo como humano, como pessoa.
De fato, não há conflito entre as duas acepções do conceito de cultura: em seu sentido histórico, (como ideal original de formação humana); e em seu sentido antropológico, (como identificação das manifestações e formas de vida que caracterizam um povo); quando for evidenciado que toda cultura envolve uma ordenação de vida, o estabelecimento de parâmetros, a elaboração de hierarquia de valores, sem a qual se desarticularia a vida social, destruída, rapidamente, pela anomia  interior de seus membros. Contudo, hoje, no Brasil (como já esclarecemos anteriormente) evidencia-se um abuso da palavra cultura como conceito antropológico descritivo com o agravante de englobar uma panaceia de situações que levam a considerar tudo como cultura; isso vai minando a própria estrutura da sociedade rumo à sua desarticulação. 
Em síntese, consideramos que  objetivo específico da leitura é a formação do ser humano como “pessoa”, incluindo-o no contexto participativo da vida em sociedade.
A “Leitura” proporciona formação cultural e, ao mesmo tempo, facilita a comunicação dessa cultura.
Evidenciamos uma vez mais: trata-se de Convívio e Isolamento: os pilares da construção de plena realização do ser humano: Convívio, que proporciona e facilita uma sempre maior participação em sociedade, pelo cabedal de conhecimentos acumulados no Isolamento, alimentado e enriquecido pela leitura silenciosa, pelo pensamento e pela reflexão.

Prof. Leonardo Prota
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DESTAQUE ACADÊMICO
Declamação peça Acadêmica e poetisa 
Leonilda Yvonneti Spina: 

"O Livro e a América", de Castro Alves


Talhado para as grandezas, 
Pra crescer, criar, subir, 
O Novo Mundo nos músculos 
Sente a seiva do porvir. 
— Estatuário de colossos — 
Cansado doutros esboços 
Disse um dia Jeová: 
"Vai, Colombo, abre a cortina 
"Da minha eterna oficina... 
"Tira a América de lá". 

Molhado inda do dilúvio, 
Qual Tritão descomunal, 
O continente desperta 
No concerto universal. 
Dos oceanos em tropa 
Um — traz-lhe as artes da Europa, 
Outro — as bagas de Ceilão... 
E os Andes petrificados, 
Como braços levantados, 
Lhe apontam para a amplidão. 

Olhando em torno então brada: 
"Tudo marcha!... Ó grande Deus! 
As cataratas — pra terra, 
As estrelas — para os céus 
Lá, do pólo sobre as plagas, 
O seu rebanho de vagas 
Vai o mar apascentar... 
Eu quero marchar com os ventos, 
Com os mundos... co'os 
firmamentos!!!" 
E Deus responde — "Marchar!" 

"Marchar! ... Mas como?...  Da Grécia 
Nos dóricos Partenons 
A mil deuses levantando 
Mil marmóreos Panteons?... 
Marchar co'a espada de Roma 
— Leoa de ruiva coma 
De presa enorme no chão, 
Saciando o ódio profundo. . . 
— Com as garras nas mãos do mundo, 

— Com os dentes no coração?... 
"Marchar!... Mas como a Alemanha 
Na tirania feudal, 
Levantando uma montanha 
Em cada uma catedral?... 
Não!... Nem templos feitos de ossos, 
Nem gládios a cavar fossos 
São degraus do progredir... 
Lá brada César morrendo: 
No pugilato tremendo 
"Quem sempre vence é o porvir!" 

Filhos do sec’lo das luzes! 
Filhos da Grande nação! 
Quando ante Deus vos mostrardes, 
Tereis um livro na mão: 
O livro — esse audaz guerreiro 
Que conquista o mundo inteiro 
Sem nunca ter Waterloo... 
Eólo de pensamentos, 
Que abrira a gruta dos ventos 
Donde a Igualdade voou... 

Por uma fatalidade 
Dessas que descem de além, 
O sec'lo, que viu Colombo, 
Viu Guttenberg também. 
Quando no tosco estaleiro 
Da Alemanha o velho obreiro 
A ave da imprensa gerou... 
O Genovês salta os mares... 
Busca um ninho entre os palmares 
E a pátria da imprensa achou... 

Por isso na impaciência 
Desta sede de saber, 
Como as aves do deserto 
As almas buscam beber... 
Oh! Bendito o que semeia 
Livros... livros à mão cheia... 
E manda o povo pensar! 
O livro caindo n'alma 
É germe — que faz a palma, 
É chuva — que faz o mar. 

Vós, que o templo das idéias 
Largo — abris às multidões, 
Pra o batismo luminoso 
Das grandes revoluções, 
Agora que o trem de ferro 
Acorda o tigre no cerro 
E espanta os caboclos nus, 
Fazei desse "rei dos ventos" 
— Ginete dos pensamentos, 
— Arauto da grande luz! ... 

Bravo! a quem salva o futuro 
Fecundando a multidão! ... 
Num poema, amortalhada 
Nunca morre uma nação. 
Como Goethe moribundo 
Brada "Luz!" o Novo Mundo 
Num brado de Briaréu... 
Luz! pois, no vale e na serra... 
Que, se a luz rola na terra, 
Deus colhe gênios no céu!... 
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MOMENTO DE ARTE
Com Mário Jorge Tavares


Contamos com a presença do fotógrafo Mário Jorge Tavares, que nos brindou com uma coleção de fotografias de altíssima qualidade que ele clicou em diversos locais da cidade, já montadas para serem editadas como futuro livro. Cada página mostra como era o mesmo local ou edificação em preto-e-branco, formando um registro histórico de Londrina.

Mário Jorge Tavares é especialista em Administração e Telecomunicações e interessou-se pela  fotografia, como seu hobby preferido, no final da década de 1960 quando era desenhista de arquitetura. Participou dos cursos “Fotografia em Externa”. “Fotografia Digital”, “Oficina de Iluminação de Estúdio para Fotografia Publicitária e Fotografia na Nikon School Brasil em São Paulo. Teve imagens selecionadas pela Sercomtel em 2009 para a confecção dos cartões telefônicos para telefones públicos. Obteve o 1º. Lugar em fotos preto-e-branco no 50º Salão Jauense Internacional de Arte Fotográfica.
Coordenador do livro Cliques e Escritos – Foto Clube de Londrina – 40 anos, lançado em janeiro de 2011. Autor do livro: Sercomtel – Marca de Pioneirismo, enfocando a história das telecomunicações de Londrina 

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HOMENAGEM AO DIA DO PROFESSOR


A Acadêmica e Professora Fátima Mandelli fez uma homenagem aos professores pelo seu dia, que se comemora neste mês de outubro, apresentando este texto:

PROFESSOR

Queridos, empenhados, estudos, livros, vigor, ânsia de ensinar, deleite, carregam feixes mesmo em lágrimas, transferem valores, conhecimentos, formação num pais de desvalorização do saber... Quanto a perder... Filosofia, Matemática, História, Artes, Ciências, Letras... banquete... Hoje são herdeiros de uma missão quase impossivel com o objetivo visível de não desistir do legado do mérito que lhes foi destinado, se não for nesta vida, em outra será recompensado... Obrigado, Professor!

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PALESTRA

Apresentação pelo Maestro Adenor Leonardo Terra (*):
“Os estilos barroco, clássico e romântico na música”


O Maestro Adenor Leonardo Terra nos brindou com uma bela explanação sobre o tema, intercalado com vídeos que exibiram músicas de alguns dos grandes mestres. As imagens abaixo sintetizam a sua palestra, que terminou com o próprio Maestro dedilhando alguns trechos no piano. 







 (*) Mestre em Musicologia; Especialização em Língua Portuguesa – Leitura e Produção Textual e Licenciatura Plena em Português e Espanhol; Bacharel em Administração de Empresas; Professor de Música no Instituto Filosófico de Apucarana; Regente dos corais Nossa Senhora Aparecida (Apucarana), FACNOPAR (Apucarana) e Vidas e Vozes (Arapongas); Membro Fundador da Academia de Ciências, Artes e Letras Centro Norte do Paraná; Membro da equipe de Música Litúrgica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

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Acadêmico - Trovador premiado

O Acadêmico Maurício Fernandes Leonardo foi mais uma vez premiado em concurso de trovas, adicionando outro troféu à sua coleção. Ao final da reunião, apresentou o troféu e o certificado aos presentes, declamando a trova vencedora, de sua autoria.