PALAVRA DO PRESIDENTE
"(Leitura): À Guisa de Conclusão"
Iniciamos nossa reflexão sobre : “Leitura: explicitações e implicações” com a identificação dos conceitos: Convívio e Isolamento, que constituem os pilares da construção de plena realização do ser humano. Um convívio nobre, respeitoso e elevado, proporcionado por um silencioso isolamento. Esse isolamento é alimentadopelo pensamento e a reflexão. Todo esse contexto resulta num ambiente propício que é facilitado pela leitura.
Após termos apresentado considerações que explicitam o significado da leitura e, por outra, as que confundem esse real significado, passamos à tentativa de esboçarmos uma conclusão, formulando uma pergunta: “Qual é, especificamente, o objetivo da leitura?”
Aparece claramente à nossa mente que o objetivo da leitura é a formação cultural do ser humano. A leitura torna o leitor sempre mais culto.
Vejamos, portanto, o que deve-se entender por cultura.
Há o conceito antropológico, visto como a soma de obras, ideias, costumes, atividades... de um povo; e o conceito originário. Os filósofos da antiga Grécia foram os criadores da ideia de cultura concebida como um ideal original de formação humana.
Somos herdeiros do mundo Greco-romano e do Cristianismo e, por conseguinte, de uma forma de situar o ser humano no mundo e de valorizá-lo. Nessa mundividência, a que estamos profundamente vinculados por uma riquíssima herança, a cultura não é concebida como uma amálgama de traços que se acumulam de qualquer modo, mas como ideia inseparável de formação pessoal, para a qual os valores não se equivalem, mas obedecem a princípios e se articulam em função de regras que decorrem de um ideal humano que se poderia exprimir na famosa frase de Sêneca: “O ser humano é coisa sagrada para o ser humano” (Homo, sacra res homini). Cultura é formação, plasmação, configuração do indivíduo como humano, como pessoa.
De fato, não há conflito entre as duas acepções do conceito de cultura: em seu sentido histórico, (como ideal original de formação humana); e em seu sentido antropológico, (como identificação das manifestações e formas de vida que caracterizam um povo); quando for evidenciado que toda cultura envolve uma ordenação de vida, o estabelecimento de parâmetros, a elaboração de hierarquia de valores, sem a qual se desarticularia a vida social, destruída, rapidamente, pela anomia interior de seus membros. Contudo, hoje, no Brasil (como já esclarecemos anteriormente) evidencia-se um abuso da palavra cultura como conceito antropológico descritivo com o agravante de englobar uma panaceia de situações que levam a considerar tudo como cultura; isso vai minando a própria estrutura da sociedade rumo à sua desarticulação.
Em síntese, consideramos que objetivo específico da leitura é a formação do ser humano como “pessoa”, incluindo-o no contexto participativo da vida em sociedade.
A “Leitura” proporciona formação cultural e, ao mesmo tempo, facilita a comunicação dessa cultura.
Evidenciamos uma vez mais: trata-se de Convívio e Isolamento: os pilares da construção de plena realização do ser humano: Convívio, que proporciona e facilita uma sempre maior participação em sociedade, pelo cabedal de conhecimentos acumulados no Isolamento, alimentado e enriquecido pela leitura silenciosa, pelo pensamento e pela reflexão.
Prof. Leonardo Prota
A Acadêmica e Professora Fátima Mandelli fez uma homenagem aos professores pelo seu dia, que se comemora neste mês de outubro, apresentando este texto:
PROFESSOR
Queridos, empenhados, estudos, livros, vigor, ânsia de ensinar, deleite, carregam feixes mesmo em lágrimas, transferem valores, conhecimentos, formação num pais de desvalorização do saber... Quanto a perder... Filosofia, Matemática, História, Artes, Ciências, Letras... banquete... Hoje são herdeiros de uma missão quase impossivel com o objetivo visível de não desistir do legado do mérito que lhes foi destinado, se não for nesta vida, em outra será recompensado... Obrigado, Professor!
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DESTAQUE ACADÊMICO
Declamação peça Acadêmica e poetisa
Leonilda Yvonneti Spina:
"O Livro e a América", de Castro Alves
Declamação peça Acadêmica e poetisa
Leonilda Yvonneti Spina:
"O Livro e a América", de Castro Alves
Talhado para as grandezas,
Pra crescer, criar, subir,
O Novo Mundo nos músculos
Sente a seiva do porvir.
— Estatuário de colossos —
Cansado doutros esboços
Disse um dia Jeová:
"Vai, Colombo, abre a cortina
"Da minha eterna oficina...
"Tira a América de lá".
Molhado inda do dilúvio,
Qual Tritão descomunal,
O continente desperta
No concerto universal.
Dos oceanos em tropa
Um — traz-lhe as artes da Europa,
Outro — as bagas de Ceilão...
E os Andes petrificados,
Como braços levantados,
Lhe apontam para a amplidão.
Olhando em torno então brada:
"Tudo marcha!... Ó grande Deus!
As cataratas — pra terra,
As estrelas — para os céus
Lá, do pólo sobre as plagas,
O seu rebanho de vagas
Vai o mar apascentar...
Eu quero marchar com os ventos,
Com os mundos... co'os
firmamentos!!!"
E Deus responde — "Marchar!"
"Marchar! ... Mas como?... Da Grécia
Nos dóricos Partenons
A mil deuses levantando
Mil marmóreos Panteons?...
Marchar co'a espada de Roma
— Leoa de ruiva coma
De presa enorme no chão,
Saciando o ódio profundo. . .
— Com as garras nas mãos do mundo,
— Com os dentes no coração?...
"Marchar!... Mas como a Alemanha
Na tirania feudal,
Levantando uma montanha
Em cada uma catedral?...
Não!... Nem templos feitos de ossos,
Nem gládios a cavar fossos
São degraus do progredir...
Lá brada César morrendo:
No pugilato tremendo
"Quem sempre vence é o porvir!"
Filhos do sec’lo das luzes!
Filhos da Grande nação!
Quando ante Deus vos mostrardes,
Tereis um livro na mão:
O livro — esse audaz guerreiro
Que conquista o mundo inteiro
Sem nunca ter Waterloo...
Eólo de pensamentos,
Que abrira a gruta dos ventos
Donde a Igualdade voou...
Por uma fatalidade
Dessas que descem de além,
O sec'lo, que viu Colombo,
Viu Guttenberg também.
Quando no tosco estaleiro
Da Alemanha o velho obreiro
A ave da imprensa gerou...
O Genovês salta os mares...
Busca um ninho entre os palmares
E a pátria da imprensa achou...
Por isso na impaciência
Desta sede de saber,
Como as aves do deserto
As almas buscam beber...
Oh! Bendito o que semeia
Livros... livros à mão cheia...
E manda o povo pensar!
O livro caindo n'alma
É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar.
Vós, que o templo das idéias
Largo — abris às multidões,
Pra o batismo luminoso
Das grandes revoluções,
Agora que o trem de ferro
Acorda o tigre no cerro
E espanta os caboclos nus,
Fazei desse "rei dos ventos"
— Ginete dos pensamentos,
— Arauto da grande luz! ...
Bravo! a quem salva o futuro
Fecundando a multidão! ...
Num poema, amortalhada
Nunca morre uma nação.
Como Goethe moribundo
Brada "Luz!" o Novo Mundo
Num brado de Briaréu...
Luz! pois, no vale e na serra...
Que, se a luz rola na terra,
Deus colhe gênios no céu!...
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MOMENTO DE ARTE
Com Mário Jorge Tavares
Com Mário Jorge Tavares
Contamos com a presença do fotógrafo Mário Jorge Tavares, que nos brindou com uma coleção de fotografias de altíssima qualidade que ele clicou em diversos locais da cidade, já montadas para serem editadas como futuro livro. Cada página mostra como era o mesmo local ou edificação em preto-e-branco, formando um registro histórico de Londrina.
Mário Jorge Tavares é especialista em Administração e Telecomunicações e interessou-se pela fotografia, como seu hobby preferido, no final da década de 1960 quando era desenhista de arquitetura. Participou dos cursos “Fotografia em Externa”. “Fotografia Digital”, “Oficina de Iluminação de Estúdio para Fotografia Publicitária e Fotografia na Nikon School Brasil em São Paulo. Teve imagens selecionadas pela Sercomtel em 2009 para a confecção dos cartões telefônicos para telefones públicos. Obteve o 1º. Lugar em fotos preto-e-branco no 50º Salão Jauense Internacional de Arte Fotográfica.
Coordenador do livro Cliques e Escritos – Foto Clube de Londrina – 40 anos, lançado em janeiro de 2011. Autor do livro: Sercomtel – Marca de Pioneirismo, enfocando a história das telecomunicações de Londrina
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PROFESSOR
Queridos, empenhados, estudos, livros, vigor, ânsia de ensinar, deleite, carregam feixes mesmo em lágrimas, transferem valores, conhecimentos, formação num pais de desvalorização do saber... Quanto a perder... Filosofia, Matemática, História, Artes, Ciências, Letras... banquete... Hoje são herdeiros de uma missão quase impossivel com o objetivo visível de não desistir do legado do mérito que lhes foi destinado, se não for nesta vida, em outra será recompensado... Obrigado, Professor!
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PALESTRA
Apresentação pelo Maestro Adenor Leonardo Terra (*):
“Os estilos barroco, clássico e romântico na música”
O Maestro Adenor Leonardo Terra nos brindou com uma bela explanação sobre o tema, intercalado com vídeos que exibiram músicas de alguns dos grandes mestres. As imagens abaixo sintetizam a sua palestra, que terminou com o próprio Maestro dedilhando alguns trechos no piano.
(*) Mestre em Musicologia; Especialização em Língua Portuguesa – Leitura e Produção Textual e Licenciatura Plena em Português e Espanhol; Bacharel em Administração de Empresas; Professor de Música no Instituto Filosófico de Apucarana; Regente dos corais Nossa Senhora Aparecida (Apucarana), FACNOPAR (Apucarana) e Vidas e Vozes (Arapongas); Membro Fundador da Academia de Ciências, Artes e Letras Centro Norte do Paraná; Membro da equipe de Música Litúrgica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
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O Acadêmico Maurício Fernandes Leonardo foi mais uma vez premiado em concurso de trovas, adicionando outro troféu à sua coleção. Ao final da reunião, apresentou o troféu e o certificado aos presentes, declamando a trova vencedora, de sua autoria.