Palavra do Presidente
Leonardo Prota
Em 26 do mês de setembro, enviamos um e-mail aos Acadêmicos comunicando, com pesar, o falecimento de um dos sócios fundadores de nossa Academia, o saudoso Acadêmico Romão Sessak. Marcamos nossa presença no velório, juntamente com outros Acadêmicos. Pessoalmente, amigo da família Sessak desde a minha chegada ao Brasil, sempre acompanhando os acontecimentos familiares, sensibilizado pelo sofrimento dos familiaresarticular da esposa do Dr. Romão, Ludmila Kloczac, também Acadêmica, sinto necessidade de externar novamente meu pesar e meus sentimentos de solidariedade, juntamente com vocês, nesta passagem tão triste da vida humana, a perda de um ente querido.
A notícia do falecimento do Dr. Romão assim foi apresentada no Jornal de Londrina: ROMÃO SESSAK, medicina além dos olhos. “Desde menino, Romão Sessak já demonstrava interesse pela área que abraçaria mais tarde como ofício. Natural de Mallet, município conhecido pela colônia de descendentes ucranianos que abriga no Centro-Sul do Paraná, ele não escondia a curiosidade por estudos médicos,em especial oftalmológicos. Formou-se em Medicina em 1950, na Universidade Federal do Paraná. Após a graduação em Curitiba, seguiu para especializações em Campinas, no Instituto Penido Burnier, de onde voltou como otorino e oftalmologista. Foi ainda para os Estados Unidos capacitar-se sobre implantes de córneas. Ao retornar ao Brasil, fez na Santa Casa de Londrina o primeiro implante de córnea realizado no Paraná. Mudou-se para a cidade em 1952. A cultura e o bom humor são características que ficarão na memória da família, segundo relata a esposa, Ludmila. Uma das frases preferidas de Romão Sessak: ‘A thing of beauty is a joy forever’, foi escrita pelo poeta inglês John Keats. A tradução: ‘ O belo é uma alegria eterna’ - retrata um pouco sua sensibilidade. Faleceu dia 26 de setembro, de pneumonia. Deixa viúva, irmão, cunhada e sobrinhos.”
A partida para outra forma de existência sabemos que é inevitável; para quem fica, a dor e o sentimento de falta permanecem. Repito aqui o que disse a Acadêmica Ludmila: o que experimentei recentemente em circunstância semelhante: tenho um ser querido que tanto amei que me protege . Você, Ludmila,tem um ser querido que tanto amou, que agora te protege.
O segundo acontecimento foi mencionado várias vezes; estamos agora renovando a solicitação para o comparecimento, no próximo dia 24, na Câmara Municipal,na solenidade de entrega da Medalha Ouro Verde.
Recebemos o Programa da Cerimônia. De nossa parte, já preparamos o histórico da Academia que será rodado em data-show. Estão à disposição os convites a serem distribuídos, inclusive para convidar amigos e simpatizantes; temos, também um convite virtual que pode ser utilizado eletronicamente. Precisamos da maior divulgação possível e, naturalmente, do maciço comparecimento. Afinal, trata-se da visibilidade de nossa Academia, de que tanto precisamos.
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Acadêmico Mauricio Fernandes Leonardo,
vencedor nos XXVIII Jogos Florais de Bandeirantes,
âmbito Estadual
Tema: Motivo
Você tem muitos defeitos!
É motivo? Eu tenho mais!
Se amando somos perfeitos...
Empatou! Somos iguais!
-xOx-
Me dê motivo querida,
Para se afastar assim;
É vazia minha vida
Sem você perto de mim!
Tema: Humorístico (Lorota)
Que não gosto de mulher,
Mais que balela, é lorota!
Eu topo aquela que vier:
Seja morena ou "loirota".
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Internet e a Língua Portuguesa. Ou: a Língua Portuguesa indo para o Brejo
Pelo Acadêmico Julio Ernesto Bahr
Foi enorme o avanço que a informática trouxe para a Humanidade, completamente transformada após a chegada da Internet: ainda na década de 1930, Paul Otlet, um belga
especialista em informações, colocou em prática ideias semelhantes às que estão
hoje por trás da Internet, quando escreveu sobre uma "Biblioteca
Irradiada" que ligaria telespectadores ao conhecimento enciclopédico
através de sinais de telefone.
A rede mundial de computadores, ou Internet, surgiu em
plena Guerra Fria. Criada com objetivos militares, seria uma das soluções para as
forças armadas norte-americanas manterem as comunicações ativas em caso de
ataques inimigos que destruíssem os meios convencionais de telecomunicações. Vinton
Cerf e Robert Kahn inventaram a comunicação entre dois computadores ligados a
uma mesma rede através de um "idioma" comum (neste caso, a linguagem
de informática). Em 1972 Ray Tomlinson introduziu o e-mail de rede, que nós
sabemos ser hoje uma das mais avançadas formas de comunicação de todos os
tempos.
Na sequência surgiram a implantação dos jornais e
veículos de comunicação sob a forma de portais na rede, sites empresariais, blogs
individuais, o YouTube (o maior provedor de vídeos através da rede), as
chamadas “nuvens” – provedores que arquivam milhões de megabytes de arquivos
entre textos e fotos sem que nós tenhamos a necessidade de sobrecarregar as
memórias dos nossos computadores, as redes sociais, os notebooks os aparelhos
celulares que deixaram de ser meros aparelhos telefônicos para se converterem
em verdadeiros micro-computadores portáteis, além dos recentes tablets, que
acumulam um sem-número de funções.
Junto com essa evolução, os puristas da língua portuguesa
não param de se lastimar e de arrancar seus cabelos. Houve uma acentuada
regressão no nível da escrita e da educação escolar que, com o incremento do
uso da Internet, emergiu de vez e saiu dos armários onde estava escondida,
mostrando a verdadeira face do linguajar brasileiro.
Rui Barbosa coraria de vergonha. Raríssimos são os textos
inseridos na internet que não contenham erros de concordância, erros de escrita
e até erros de interpretação ou compreensão. Mas a maior demonstração da pouca
importância que se dá ao nosso idioma espalhou-se geometricamente com a
participação maciça da população nas redes sociais.
O uso de redes sociais continua a crescer e já é a
principal atividade dos internautas. Pesquisas mostram que os norte-americanos
passam, em média, 37 minutos diários navegando nas redes sociais, mais tempo do
que em qualquer outra atividade e lá os smartphones (celulares
inteligentes, que a maioria utiliza), junto com os tablets, respondem
por 60% de todo o tráfego online. Os números no Brasil provavelmente são
similares ou até maiores, já que aparentemente o passatempo predileto de 110%
das pessoas em lugares públicos é teclar nos seus aparelhos celulares.
Nestes últimos dois ou três anos, foi possível constatar
outra mudança de hábitos: com o advento das redes sociais e com raras exceções,
os internautas passaram a ler cada vez menos os portais de jornais, sites e
blogs, preferindo se atualizar com as notícias curtas espalhadas num Facebook,
por exemplo.
O grande problema das redes sociais é a credibilidade –
ou a falta de – emanada por publicações nem sempre verídicas. As pessoas
passaram a acreditar praticamente em tudo o que leem (ou interpretam) e compartilham
as notícias com seus amigos virtuais sem a comprovação da veracidade, numa progressão
geométrica.
A proliferação e a facilidade de inserção de textos na
rede faz com que qualquer semianalfabeto se julgue um Machado de Assis ou um
Castro Alves e solte sua verborragia, sem pudores, sem se preocupar com a
forma, a correção da língua, nem em evitar palavras de baixo calão – eles
simplesmente reproduzem o jeito de falar do seu meio social.
Alguns exemplos:
se fosse nos estadozunidos ele tava frito, pegava pelo
menos uns 30 ano de cadeia.e a familha dele nem ia recebe ausilio recluzao.
o maior comentario e que era um cabo de asso mais e uma
corrente.o responsavel estar com a consequencia aonde colocase um cone que
irria em vitar os acidentes e sera que eles vao esperar acontecer de novo.povo
inresponsavel
...hoje ?que achas que eu fasso? espero protejam minha
casa com Deus me fortalessen do
Você lembra da considencia?
Uma comentarista:
gato priguicoso
A mesma
(corrigindo): priguisoso
Pelo visto, nossa Academia de Letras e todas as outras Academias
de Letras do Brasil terão um trabalhão insano pela frente para, pelo menos, tentar
minimizar esse tipo de assassinato da língua portuguesa. Se é que as Academias
podem fazer alguma coisa...
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DE
OPRIMIDA E EXPLORADA A LIBERTA E AUTÔNOMA: O EMPODERAMENTO FEMININO DESVENDADO PELO UNIVERSO DA MULHER LONGEVA
Profa. Aurora Aparecida
Fernandes Gonçalves *
O
empoderamento feminino se apresenta como questão polêmica em razão, talvez, da
gritante disparidade de comportamentos femininos na sociedade atual. Ao mesmo
tempo em que se observa a independência sexual, afetiva e financeira de um
número significativo de mulheres que assumem a sua condição de sujeito
político, vê-se, também, um contingente nada despresível de outras que acabam
sendo vítimas do seu próprio maxismo.
Metodologia:
A
trajetória metodológica buscou fundamentos na teoria de Habermas [hermenêutica
objetiva] que tem suas raízes na Escola de Frankfurt e na teoria da linguagem
de Mead. Sem passos metodológiocos rígidos, essa abordagem permite adaptações e
tem como meta a procura pelo sentido, numa tríplice relação: 1. como
compreensão da intenção de um narrador; 2. como expressão para o
estabelecimento de uma relação interpessoal entre falante e ouvinte e 3. como
expressão sobre o mundo.
Apresentação de
trechos da narrativa:
Numa articulação da voz da ciência com a do senso comum,
buscou-se reforçar a investigação com a voz da mulher longeva que carrega em
suas falas, cenas e cenários de um tempo histórico, de um cotidiano e de um
modo de ser e de estar no mundo, de modo a possibilitar a evidência de ações,
que pelo seu caráter transgressor, prociciaram fragmentos emancipatórios rumo
ao empoderamento.
Conclusões:
Todo o
contexto estudado, tanto o empírico quanto o teórico, alinhavados pela
interdisciplinaridade ofereceram argumentos suficientes para defender a tese:
Desde que isentas de doenças que as tornem dependentes de cuidados de outrem,
as mulheres longevas têm o direito de viver a velhice em idade avançada livres
de preconceitos e estereótipos que as infantilizam, tornando-as reféns da família e da sociedade [empodeiradas].
E se identidade é vida, a contribuição de Ciampa (2014) faz um coroamento do
estudo ao afirmar que "O passado é presente como história de vida; o
futuro é presente como projeto de vida; somos o presente sempre, quando
articulamos história e projeto em cada 'hoje'"
·
* Doutora
em psicologia social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mestre
em educação pela Universidade Federal do Paraná, professora do Departamento de
Psicologia da Universidade Estadual de Londrina. Possui graduação em psicologia
pela Universidade de São Paulo, tem experiência na área de Psicologia, com
ênfase em Fatores Humanos no Trabalho, atuando principalmente nos seguintes
temas: aposentadoria, trabalho e tempo livre, psicologia organizacional,
envelhecimento e significado do trabalho.
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