Discurso de agradecimento do Presidente da Academia proferido na Câmara Municipal de Londrina



A Vereadora Elza Correia e Prof. Leonardo Prota


A maravilhosa homenagem que, nesta solenidade, está sendo outorgada à Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina é um tributo que todos os que dela fazem parte, recebem com elevada emoção, pela nobreza do gesto com que a municipalidade de Londrina, por meio de seus principais representantes, resolveram destacá-la. Contemplado pela grata coincidência de, neste momento da história da Academia, estar sendo seu presidente, eu quero, num rápido olhar de conjunto, falar da significação da Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina, e desta premiação que lhe é concedida.

Foi por um ato de amor que o saudoso Presidente Dr. João Soares Caldas, no dia 1° Setembro de 1978, pronunciou, no convite para a instalação de uma instituição em favor da cultura, que se tratava de um acontecimento destinado a “marcar mais uma efeméride significativa na vida londrinense [porque fazia tomarem assento os participantes] efetivos da Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina, que vão representar os valores desta região”. E foi isso o que, de fato, aconteceu: Uma trajetória ininterrupta que já soma 35 anos, uma existência evolutiva, sempre sob o comando firme do imortal Presidente, com sabedoria, visão de futuro, senso de compromisso com valores humanos e, acima de tudo, paixão pela cidade de Londrina e região. Resulta, para todos nós, a eloquente certeza de que os ideais que ele buscava estão corporificados nessa comenda, e os presentes a este ato sentem orgulho de terem convivido com tão inspiradora figura.

A idealização de Academias no mundo ocidental remonta ao século XV, quando iniciativas desse tipo foram estimuladas pelo anseio de alguns intelectuais de emancipar-se da tutela das universidades medievais. Dessa forma, contribuíram não só para tornar possível a investigação científica, como, sobretudo, para preservar as descobertas que delas eram derivadas.

        Em certo momento, tais academias chegaram a ter um sentido tipicamente introspectivo, como aconteceu em meados do século XVI, na Itália, quando eram designadas por nomes como Academia dos Incógnitos; dos Secretos; dos Corajosos; dos Confiantes; e assim por diante. Galileu pertenceu à Academia dos Lincei (que significa, dos que enxergam longe), fundada em Roma em 1603, e que, dentre outras contribuições, deu publicidade a seus livros.

        Com o progresso da ciência moderna, foram criadas academias em um grande número de lugares, com claros propósitos de contribuir como instituições culturais e de cooperar com todas as formas de progresso de uma comunidade. Esse é o caso de nossa Academia.

        Por esse motivo, é com enorme alegria que agradeço, em nome dos que hoje são responsáveis por levar adiante a existência e o dinamismo da Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina, a Medalha Ouro Verde, pelo reconhecimento à contribuição para a cultura da cidade que, octogenária, encontra-se em desenvolvimento pulsante e com perspectivas sempre mais arrojadas. E ao personificar o cargo do Fundador Dr. João Soares Caldas, dirijo a Vossa Excelência, Vereadora Elza Corrêa e, na sua pessoa, às demais autoridades que apoiaram essa iniciativa, nosso entusiástico agradecimento.

 Essa honraria nos aquece ainda mais a determinação de continuar a fazer da Academia um polo irradiador de cultura e promoção humana. 
Prof. Leonardo Prota, Presidente da Academia, Ciências e Artes de Londrina

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