Mesa diretiva, composta pelo Acadêmico Marco Antônio Fabiani, palestrante do dia, Acadêmica Leonilda Yvonneti Spina, presidente e Acadêmica Pilar Álvares Gonzaga Vieira, vice- presidente
Nosso Mestre de Cerimônias, Jonas Rodrigues de Matos, mais uma vez abrilhantando a reunião
A Acadêmica Neusi Berbel procedeu à leitura do Credo Acadêmico
DESTAQUES ACADÊMICOS:
- Declamação
Esta vida, do poeta Guilherme de Almeida
Acadêmica Leonilda Yvonneti Spina
Acadêmica Leonilda Yvonneti Spina
Um sábio me dizia: esta existência,
não vale a angústia de viver.
A ciência, se fôssemos eternos, num transporte
de desespero inventaria a morte.
Uma célula orgânica aparece
no infinito do tempo.
E vibra e cresce
e se desdobra e estala num segundo.
Homem, eis o que somos neste mundo.
Assim falou-me o sábio e eu comecei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Um monge me dizia: ó mocidade,
és relâmpago ao pé da eternidade!
Pensa: o tempo anda sempre e não repousa;
esta vida não vale grande coisa.
Uma mulher que chora, um berço a um canto;
o riso, às vezes, quase sempre, um pranto.
Depois o mundo, a luta que intimida,
quadro círios acesos : eis a vida
Isto me disse o monge e eu continuei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Um pobre me dizia: para o pobre
a vida, é o pão e o andrajo vil que o cobre.
Deus, eu não creio nesta fantasia.
Deus me deu fome e sede a cada dia
mas nunca me deu pão, nem me deu água.
Deu-me a vergonha, a infâmia, a mágoa
de andar de porta em porta, esfarrapado.
Deu-me esta vida: um pão envenenado.
Assim falou-me o pobre e eu continuei a ver,
dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Uma mulher me disse: vem comigo!
Fecha os olhos e sonha, meu amigo.
Sonha um lar, uma doce companheira
que queiras muito e que também te queira.
No telhado, um penacho de fumaça.
Cortinas muito brancas na vidraça
Um canário que canta na gaiola.
Que linda a vida lá por dentro rola!
Pela primeira vez eu comecei a ver,
dentro da própria vida, o encanto de viver.
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não vale a angústia de viver.
A ciência, se fôssemos eternos, num transporte
de desespero inventaria a morte.
Uma célula orgânica aparece
no infinito do tempo.
E vibra e cresce
e se desdobra e estala num segundo.
Homem, eis o que somos neste mundo.
Assim falou-me o sábio e eu comecei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Um monge me dizia: ó mocidade,
és relâmpago ao pé da eternidade!
Pensa: o tempo anda sempre e não repousa;
esta vida não vale grande coisa.
Uma mulher que chora, um berço a um canto;
o riso, às vezes, quase sempre, um pranto.
Depois o mundo, a luta que intimida,
quadro círios acesos : eis a vida
Isto me disse o monge e eu continuei a ver
dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Um pobre me dizia: para o pobre
a vida, é o pão e o andrajo vil que o cobre.
Deus, eu não creio nesta fantasia.
Deus me deu fome e sede a cada dia
mas nunca me deu pão, nem me deu água.
Deu-me a vergonha, a infâmia, a mágoa
de andar de porta em porta, esfarrapado.
Deu-me esta vida: um pão envenenado.
Assim falou-me o pobre e eu continuei a ver,
dentro da própria morte, o encanto de morrer.
Uma mulher me disse: vem comigo!
Fecha os olhos e sonha, meu amigo.
Sonha um lar, uma doce companheira
que queiras muito e que também te queira.
No telhado, um penacho de fumaça.
Cortinas muito brancas na vidraça
Um canário que canta na gaiola.
Que linda a vida lá por dentro rola!
Pela primeira vez eu comecei a ver,
dentro da própria vida, o encanto de viver.
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- Reflexão:
Exigências dos Direitos Humanos como Núcleo Ético-Jurídico e Político da Democracia (II)
Acadêmico Sergio Alves Gomes (1)
O Ser Humano: características e necessidades básicas
(OBS. O texto que segue abaixo foi lido e comentado pelo seu Autor em sua comunicação (restrita ao tópico nº 1 do tema) apresentada na Reunião Ordinária da ALCAL, no dia 12/02/2017. O texto completo encontra-se publicado como capítulo I, do livro “Estudos em Direito Negocial: Relações Privadas e Direitos Humanos”, organizado por Miguel Etinger de Araújo Júnior e Ana Cláudia Corrêa Zuin Mattos do Amaral. Editora Boreal, Barigui/SP, 2015. O tema do capítulo em estudo tem por título: “Exigências dos Direitos Humanos como Núcleo Ético-Jurídico e Político da Democracia”).
Em razão de sua complexidade, o homem pode ser estudado por múltiplas ciências. Cada uma delas busca focalizar aspectos humanos específicos. A Antropologia Filosófica, entretanto, põe a questão abrangente: quem é o homem?
A relevância da indagação é induvidosa quando se pretende abordar tema que envolve interesses humanos, pois qualquer adjetivação desta natureza pressupõe a compreensão mínima do que seja o homem. Por isso, não há como fugir de tal reflexão em se tratando da temática “direitos humanos”.
Para Erich Fromm, “o homem não é uma coisa; é um ser envolvido num processo contínuo de desenvolvimento. Em cada ponto de sua vida, ele ainda não é o que pode ser e o que ainda pode vir a ser”. (FROMM,1981, p.130).
Na busca da identificação da natureza humana, faz-se indispensável a análise das características do homem. Só é possível elaborar conceitos convincentes mediante a observação dos caracteres do objeto a ser conceituado. Destarte, também, para se saber “quem é o homem”, mesmo sem a pretensão de conceituá-lo, impõe-se a consideração de suas características.
Battista Mondin ( 1980, p.27 a 245), ao analisar a fenomenologia do homem, vê nele dez dimensões:
1ª: corpórea (homo somaticus); 2ª: da vida humana (homo vivens); 3ª: a do conhecer sensitivo e intelectivo (homo sapiens); 4ª: dimensão da vontade, da liberdade e do amor (homo volens); 5ª: dimensão da linguagem (homo loquens); 6ª. dimensão social e política (homo socialis); 7ª: dimensão cultural (homo culturalis); 8ª: do trabalho e da técnica (homo faber); 9ª: do jogo e do divertimento (homo ludens); 10ª: dimensão religiosa (homo religiosus).
As características presentes no ser humano, ao mesmo tempo que evidenciam as múltiplas dimensões deste, demonstram também sua incapacidade para sobreviver e evoluir sem o convívio com seus semelhantes. Daí a natural sociabilidade (2) e interdependência dos indivíduos.
A decorrência das características, com as quais o ser humano encontra-se dotado, é a presença de variadas necessidades por ele experimentadas e que clamam por satisfação. “Necessidade” aqui significa exigência da própria natureza humana, por apresentar um modo de ser carente de complementação, inacabado e não autossuficiente. Dentre tais necessidades básicas estão, por exemplo, a manutenção da vida orgânica mediante alimentação adequada; convivência afetuosa para atender necessidades biopsíquicas (aceitação do outro e pelo outro, procriação, manutenção da espécie humana...); autonomia individual para se reconhecer e ser reconhecido como indivíduo que se assemelha e, ao mesmo tempo, se diferencia dos demais seres humanos; necessidade de comunicar-se livremente com estes, mediante linguagem adequada, que possibilite a interação em torno de interesses comuns e individuais; de educar-se, para vivenciar de modo gratificante e duradouro as várias dimensões de sua existência, isto porque o homem é um ser capaz de aprender e de ensinar e que enquanto ensina também aprende; de professar, livremente, suas crenças; necessidade de integrar-se no meio cultural em que vive e de atuar como cidadão partícipe da história (decorrência da dimensão política), de modo a perceber sua própria identidade e sua dignidade enquanto pessoa.
Estas e tantas outras necessidades são carências inerentes à natureza humana. Isso equivale a dizer que estão, de um modo geral, presentes em todos os seres humanos. Variam apenas as normas culturais a respeito de como satisfazê-las.
Por isso, tais necessidades clamam por atendimento simultâneo e integral. Atender apenas algumas destas exigências em menosprezo das demais significa não considerar o homem em sua integralidade. A consequência de tal atitude é a morte das dimensões humanas desconsideradas, ou seja, a deformação do próprio ser humano que se vê privado do exercício de faculdades fundamentais componentes de sua “humanidade”, isto é, de sua essência.
Diante disso, os direitos humanos apresentam-se como instrumentos jurídicos garantidores do atendimento das necessidades fundamentais do ser humano, cujo menosprezo diminui em muito, quando não impossibilita, por completo, o desabrochar das potencialidades a ele inerentes, as quais, ao serem frustradas, afastam qualquer possibilidade de realização do indivíduo como pessoa.
1- Professor Associado da Universidade Estadual de Londrina (Departamento de Direito Público). Docente no Programa de Mestrado e na graduação em Direito da Universidade Estadual de Londrina. Doutor em Direito:Filosofia do Direito e do Estado, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Direito e Especialista em Filosofia Política pela Universidade Estadual de Londrina. Juiz de Direito.
2- Cabe lembrar a observação de Aristóteles a respeito não apenas da sociabilidade humana mas também dos sentimentos do bem e do mal, do justo e do injusto, bem como da capacidade que tem o ser humano de expressá-los pela fala, isto é, por meio da palavra. Diz o filósofo de Estagira: “ o homem é por natureza um animal social, e um homem que por natureza, e não por mero acidente, não fizesse parte de cidade alguma, seria desprezível ou estaria acima da humanidade (como o ‘sem clã, sem leis, sem lar’ de que Homero fala com escárnio, pois ao mesmo tempo ele é ávido de combates), e se poderia compará-lo a uma peça isolada do jogo de gamão. Agora é evidente que o homem, muito mais que a abelha ou outro animal gregário, é um animal social. Como costumamos dizer, a natureza nada faz sem um propósito, e o homem é o único entre os animais que tem o dom da fala. Na verdade, a simples voz pode indicar a dor e o prazer, e outros animais a possuem (sua natureza foi desenvolvida somente até o ponto de ter sensações do que é doloroso ou agradável e externá-las entre si), mas a fala tem a finalidade de indicar o conveniente e o nocivo, e portanto também o justo e o injusto; a característica específica do homem em comparação com os outros animais é que somente ele tem o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto e de outras qualidades morais, e é a comunidade de seres com tal sentimento que constitui a família e a cidade”. (ARISTÓTELES, 1997, p.15, Livro.I, cap.I,1253,a).
Para MIRACY B.S. GUSTIN (1999, p.31), dentre as tantas necessidades que o ser humano apresenta, a autonomia figura como primordial em relação às demais. Diz ela: “Sugere-se que a condição de autonomia é transcultural e independente da inserção em categorias sociais localizadas e parciais. Ainda em termos preliminares, considera-se o ser autônomo como aquele que é capaz de fazer escolhas próprias, de formular objetivos pessoais respaldados em convicções e de definir as estratégias mais adequadas para atingi-los. Em termos mais restritos, o limite de autonomia equivaleria à capacidade de ação e de intervenção da pessoa ou do grupo sobre as condições de sua forma de vida. Esse limite definiria a capacidade indispensável e mínima para a atribuição de responsabilidade às pessoas”. JOSEPH RAZ, ao tratar do tema da autonomia, assevera: “An autonomous person is one who is the author of his own life. His life is his own making. The autonomous person’s life is marked not only by what it is but also by what it might have been and by the way it became what it is. A person is autonomous only if he has a variety of acceptable options available for him to choose from and his life became as it is through his choice of some of these options. A person who has never had any significant choice, or was not aware of it , or never exercised choice in significant matters but simply drifted through life is not an autonomous person”. (In: WALDRON, 1984, p. 191). Ainda sobre o tema das necessidades humanas tem-se a importante contribuição do psicólogo norte-americano ABRAHAM MASLOW, “considerado o fundador e líder espiritual do movimento humanista de psicologia” (SCHULTZ D.P.;SCHULTZ, S.E.,2002, p.290 a 297). Para Maslow, há cinco necessidades inatas no ser humano, as quais são hierarquizadas pelo autor que coloca na base de tal hierarquia as necessidades fisiológicas. Na sequência, em sentido ascendente, vem as demais que são necessidades de segurança, de afiliação e amor, de estima e de auto-realização.
2- Cabe lembrar a observação de Aristóteles a respeito não apenas da sociabilidade humana mas também dos sentimentos do bem e do mal, do justo e do injusto, bem como da capacidade que tem o ser humano de expressá-los pela fala, isto é, por meio da palavra. Diz o filósofo de Estagira: “ o homem é por natureza um animal social, e um homem que por natureza, e não por mero acidente, não fizesse parte de cidade alguma, seria desprezível ou estaria acima da humanidade (como o ‘sem clã, sem leis, sem lar’ de que Homero fala com escárnio, pois ao mesmo tempo ele é ávido de combates), e se poderia compará-lo a uma peça isolada do jogo de gamão. Agora é evidente que o homem, muito mais que a abelha ou outro animal gregário, é um animal social. Como costumamos dizer, a natureza nada faz sem um propósito, e o homem é o único entre os animais que tem o dom da fala. Na verdade, a simples voz pode indicar a dor e o prazer, e outros animais a possuem (sua natureza foi desenvolvida somente até o ponto de ter sensações do que é doloroso ou agradável e externá-las entre si), mas a fala tem a finalidade de indicar o conveniente e o nocivo, e portanto também o justo e o injusto; a característica específica do homem em comparação com os outros animais é que somente ele tem o sentimento do bem e do mal, do justo e do injusto e de outras qualidades morais, e é a comunidade de seres com tal sentimento que constitui a família e a cidade”. (ARISTÓTELES, 1997, p.15, Livro.I, cap.I,1253,a).
Para MIRACY B.S. GUSTIN (1999, p.31), dentre as tantas necessidades que o ser humano apresenta, a autonomia figura como primordial em relação às demais. Diz ela: “Sugere-se que a condição de autonomia é transcultural e independente da inserção em categorias sociais localizadas e parciais. Ainda em termos preliminares, considera-se o ser autônomo como aquele que é capaz de fazer escolhas próprias, de formular objetivos pessoais respaldados em convicções e de definir as estratégias mais adequadas para atingi-los. Em termos mais restritos, o limite de autonomia equivaleria à capacidade de ação e de intervenção da pessoa ou do grupo sobre as condições de sua forma de vida. Esse limite definiria a capacidade indispensável e mínima para a atribuição de responsabilidade às pessoas”. JOSEPH RAZ, ao tratar do tema da autonomia, assevera: “An autonomous person is one who is the author of his own life. His life is his own making. The autonomous person’s life is marked not only by what it is but also by what it might have been and by the way it became what it is. A person is autonomous only if he has a variety of acceptable options available for him to choose from and his life became as it is through his choice of some of these options. A person who has never had any significant choice, or was not aware of it , or never exercised choice in significant matters but simply drifted through life is not an autonomous person”. (In: WALDRON, 1984, p. 191). Ainda sobre o tema das necessidades humanas tem-se a importante contribuição do psicólogo norte-americano ABRAHAM MASLOW, “considerado o fundador e líder espiritual do movimento humanista de psicologia” (SCHULTZ D.P.;SCHULTZ, S.E.,2002, p.290 a 297). Para Maslow, há cinco necessidades inatas no ser humano, as quais são hierarquizadas pelo autor que coloca na base de tal hierarquia as necessidades fisiológicas. Na sequência, em sentido ascendente, vem as demais que são necessidades de segurança, de afiliação e amor, de estima e de auto-realização.
Referências bibliográficas (deste tópico):
ARISTÓTELES. Política. Universidade de Brasília, 1997.
FROMM, Erich. Análise do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
GUSTIN, Miracy Barbosa de Souza. Das Necessidades Humanas aos Direitos. Belo Horizonte: Del Rey, 1999.
MONDIN, Battista. O Homem, Quem é Ele? Elementos de Antropologia Filosófica. São Paulo: Edições Paulinas, 1982.
RAZ, Joseph. Rights-Based Moralities. In: WALDRON, Jeremy, Theories of Rights. New York: Oxford University Press, 1984.
SCHULTZ, Duane P; SCHULTZ, Sydney Ellen. Teorias da Personalidade. São Paulo: Thomson, 2002.
_____________________________
- Concordância Verbal: o verbo concorda com seu sujeito em pessoa (Eu/Tu/Ele/Nós/Vós/Eles) e em número (singular/plural). Porém, há exceções! Para estudá-las, recomenda-se, a princípio, a atenção com estes conceitos:
- Verbo: palavra que indica um fato (em geral: uma ação, um estado emocional, ou um fenômeno proveniente da força da natureza), localizando-o no tempo.
- Sujeito: termo da frase sobre o qual se declara algo.
I. Efetue a concordância, escolhendo a forma verbal adequada:
1. Naquele dia ...... dez alunos. (faltou/ faltaram)
2......, naquela época, fatos terríveis. (aconteceu/ aconteceram)
3. Ainda....quarenta blocos.(falta/faltam)
4. Ainda não....os documentos. (chegou/ chegaram)
5. ....cinco minutos para começar a aula. (falta/faltam)
6......quatro pessoas para fazer o trabalho. (basta/ bastam)
7. Um bando...... .(chegou/chegaram)
8. Um bando de alunos.... .(chegou/ chegaram)
9. A multidão..... .(gritava/gritavam)
10. A multidão de torcedores... . (gritava/ gritavam)
11. A maioria.... à aula.(faltou/faltaram)
12. A maioria dos alunos.... à aula. (faltou/ faltaram)
13. Grande parte................... à cerimônia. (compareceu/ compareceram)
14. Grande parte dos convidados..................à cerimônia. (compareceu/ compareceram)
15. Minas Gerais...........grandes escritores (revelou/revelaram)
16. As Minas Gerais.........grandes escritores. (revelou/revelaram)
17. Os Estados Unidos....milho. (exporta/ exportam)
18. Campinas.....grandes jogadores. (revelou/ revelaram)
19. O Amazonas.....longe.(fica/ficam)
20. Os Lusíadas....a viagem de Vasco da Gama. (Contam/conta)
21. Vossa Majestade.....à reunião? (compareceu/ compareceram)
22. Vossas Excelências.............a decisão. (apoiaram / apoiastes)
23. Vossa Alteza....os problemas. (conhece/ conheceis)
24. O relógio da Igreja....duas horas. (deu/ deram)
25. .......duas horas no relógio da Igreja.(deu/ deram)
26. A torre da Igreja....quatro horas.(bateu/ bateram)
27. .....quatro horas na torre da Igreja.(bateu/ bateram)
28. .... - se em discos voadores. (acredita/ acreditam)
29. ....- se de assuntos importantes.(tratava/ tratavam)
30. ....-se aos pedidos do mestre.(obedeceu/ obedeceram)
31. ....-se em pessoas honestas. (confia/ confiam)
32. .....-se casas. (vende/vendem)
33. ....-se apartamentos na praia. (aluga/ alugam)
34.....-se aulas de piano.(dá/dão)
35. ...-se roupas.(reforma/reformam)
36. ....muitos torcedores no estádio. (havia/ haviam)
37. ... muitos torcedores no estádio.(existia/ existiam)
38. ...........haver muitos torcedores no estádio. (deve/devem)
39 .............existir muitos torcedores no estádio.(deve/devem)
40 ...........de haver sérios problemas.(há/hão)
41 ..........de existir sérios problemas.(há/hão)
42. Ainda .........resolver quatro exercícios. (falta/faltam)
43. O livro e as encomendas ............. .(chegou/chegaram)
44 ............ o livro e as encomendas. (chegou/chegaram)
45 ........... as encomendas e o livro. (chegou/chegaram)
46. A previsão e os resultados ........ .(falhou/falharam)
47 ............ a previsão e os resultados. (falhou/falharam)
48. Livros, roupas, brinquedos, tudo .......... fora de lugar. (estava/estavam)
49. Primos, tios, sobrinhos, ninguém ......... à festa. (faltou/faltaram)
50. Primos, tios, sobrinhos, todos ........ à festa. (foi/foram)
51. Eu, tu e ele ........ a tarefa. (fizemos/fizestes)
52. Ele, tu e eu ........... o pedido. (confirmamos/confirmastes)
53. Tu e teu colega ........ a tempo. (chegastes/chegaram)
54. Teus amigos e tu .......... o problema. (sabeis/sabem)
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PALESTRA
“Tijolos imaginários - a construção literária”
Acadêmico Marco Antônio Fabiani
Acadêmico Marco Antônio Fabiani
“Foi por este rio de modorra e de barro,
que as proas vieram fundar a pátria?”
Os versos do belo poema de Borges, “A fundação mítica de Buenos Aires,” invocam pátrias fundadas ao som do baque de proas e quilhas, em margens desconhecidas. Embarcações a abrir novos mundos, novas esperanças (e novas dores), na busca incessante de uma vida melhor, nesse impulso natural dos humanos. Em todos os tempos e lugares, homens viveram e morreram à procura de uma nova Canaã, de paraísos imaginários, terras de bem aventurança. Construir utopias, enfim. Está em nós. Ir além. Içar velas, remar, caminhar e abrir caminhos em meio a florestas inóspitas. E nesse fazer, criar imagens, as mais simbólicas, profundamente arraigadas na vasta história da humanidade. Caravelas, proas de Borges, picadas em meio às matas e, aqui, nesse setentrião, a balsa que atravessa o rio Tibagi em 1929. Primeiro movimento fundador do Norte novo do Paraná.
Colocar os pés em novas terras é um movimento que nos acompanha através dos séculos, ou milênios. Hoje, no entanto, está definitivamente encerrado. Não há mais territórios a ocupar, não há o além-mar, o novo mundo, nem terras inexploradas. Não há mais possibilidade de reconstrução de novas vidas, tornar o chão uma âncora de renascimentos e riquezas. Essa atividade humana, nos moldes em que aconteceu, pertence ao passado.
A geração à qual pertenço chegou, não a testemunhar, mas a sentir, os últimos sopros da experiência derradeira da construção desse pedaço do país, chamado norte do Paraná. Trazemos, em algum pedaço da memória, os cheiros, a visão de cavalos e carroças, homens em camisas de brim grosseiro, mulheres em vestidos de chita, os sotaques, palavreados, medo das geadas, as colheitas fartas. Ouvimos histórias fantásticas de prosperidade, fortunas repentinas. Esse mundo, que deixou de existir fisicamente, espalhou seus espectros e energias que ainda fazem ruídos na memória coletiva.
O norte do Paraná (o velho e o novo) vai construindo suas narrativas, seus mitos fundadores, criando e sedimentando seus símbolos. Disseminar esses feitos, pode ser escolha dos que escrevem, dos artistas visuais, dos músicos, enfim, dos que querem falar do universo, descrevendo suas aldeias, como bem aconselhava Tolstoi.
Escritores, como sabemos, são arqueólogos do vento. Recolhem vestígios de existências nos sons de palavras, nas imagens que sobrevivem apenas nas lembranças, nos fatos desimportantes e banais. Inventam assim as irrealidades necessárias para compreensão da vida. Não resolvem e nem se propõe a resolver mistérios, mas apontá-los. Eles querem mostrar, com a extrema liberdade conferida pela literatura, a disputa pelo lugar ao sol, pelo pedaço de chão, a saga de famílias pioneiras, dos que conseguiram, dos que não conseguiram, ou dos que perderam seu palmo de terra.
Dr. Lauro Beltrão |
História e poesia são irmãs, filhas da deusa Memória. Coube à primeira, a ciência, a busca pela precisão dos fatos. À outra, o descompromisso com verdade, falar da vida, não exatamente como foi, mas como poderia ter sido.
As duas irmãs constroem os romances.
Ao final da palestra, vários dos presentes formularam perguntas, dentre eles o Dr. Lauro Beltrão (foto à direita), que contribuiu com alguns dados históricos referentes ao Norte do Paraná, destacando suas lembranças de infância junto ao Rio Tibagi.
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VISITA ILUSTRE
Nossa reunião foi enriquecida com a presença do Sr. Klaus Nixdorf, membro da UWA - United World Association e da AMU - Associação Mundo Unido, que trouxe o livro escrito por seu pai, Oswald Nixdorf, segundo ele o mais completo livro sobre a história do Norte do Paraná. O livro foi escrito originalmente em alemão, distribuído em vários países do mundo e recentemente traduzido para o português. O Sr. Nixdorf entregou um exemplar à nossa Academia, recebido por nossa presidente Acadêmica Leonilda Yvonneti Spina e outro exemplar para o Instituto Cultural Gonzaga Vieira, sede da nossa Academia, exemplar esse recebido pela nossa vice-presidente Pilar Álvares Gonzaga Vieira.
Em seguida. relatou aos presentes seus projetos para uma próxima volta ao mundo, inclusive para entregar pessoalmente um exemplar do livro à Rainha Elizabeth II na Inglaterra.
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