Nosso Mestre de Cerimônias Jonas Rodrigues de Matos conduziu a reunião
Em seguida, GOMES esclareceu que, em razão do 72º ANIVERSÁRIO DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, ocorrido no dia 10 do corrente mês de dezembro, dedicaria o tempo de sua comunicação para expor, brevemente, alguns aspectos relevantes da referida Declaração, fazendo-o nos seguintes termos:
1. Significado e Importância da Declaração para a Humanidade
Durante a Segunda Guerra Mundial, a região central da Europa - especialmente Alemanha e Polônia - foi ocupada pela sordidez dos crimes de genocídio, nos campos de concentração, como os de Auschwitz, Treblinka, Sobibor e tantos outros. Neles, milhões de seres humanos foram exterminados, como vítimas da violência estimulada pela insana ideologia defensora de uma raça pura. Passada a hecatombe, restavam seus escombros como retrato e prova cabal da capacidade humana também para arquitetar e realizar a destruição e a prática do mal contra a própria humanidade. Diante de tal cenário, a consciência moral, jurídica e política dos povos que perceberam a gravidade dos acontecimentos não tinha como justificar-se para ficar alheia ao ocorrido e seguir avante como se nada tivesse acontecido de mal para o mundo todo, um mal tão incomensurável que, segundo Hannah Arendt, foi, em verdade, “banalizado”.(4) Foi neste contexto de pós-II guerra que quarenta e oito países – dentre eles o Brasil- reunidos na III Assembleia Geral das Nações Unidos (o Palais de Chaillot, de Paris), aprovaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
2. ESTRUTURA DA DECLARAÇÃO
O preâmbulo afirma “que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”; reconhece “que o desprezo e o desrespeito pelos direitos da pessoa resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que as pessoas gozem de liberdade de palavra, de crença e de liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum”; apregoa “que os direitos da pessoa sejam protegidos pelo império da lei, para que a pessoa não seja compelida, como último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão”; considera “essencial promover o desenvolvimento das relações amistosas entre as nações”; lembra “que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta (das Nações Unidas- adotada pela Conferência de São Francisco, em 26 de junho de 1945 e ratificada pelo Brasil em 21 de setembro daquele mesmo ano), sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos do homem e da mulher, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla; destaca também “que os Estados-membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos e liberdades fundamentais da pessoa e a observância desses direitos e liberdades”; por fim, considera “que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso”. Na sequência, ao proclamar a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o texto a qualifica “como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforcem, através do ensino e da educação, em promover o respeito a esses direitos e liberdades e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, em assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados-membros quanto entre os povos dos territórios sob a sua jurisdição”. (5)
3. OBRIGATORIEDADE E DESDOBRAMENTOS DA DECLARAÇÃO
Por último, cabe destacar que, inspirados na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, além dos dois Pactos de direitos já mencionados que com ela compõem a Carta Internacional dos Direitos Humanos, múltiplos Instrumentos internacionais - tanto de alcance global (sistema global) quanto de alcance regional (sistema regional interamericano) - foram produzidos e ratificados pelo Brasil, para a proteção tanto de ordem geral (proteção destinada a todas as pessoas) quanto de ordem especial (proteção destinada às pessoas em situações especiais de vulnerabilidade). São alguns exemplos de tais instrumentos: a Convenção para a prevenção e repressão do crime de genocídio (ratificada em 1951); Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penais cruéis, Desumanos e Degradantes (ratificada em 1989); Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação contra a Mulher (ratificada em 1984); Convenção sobre a Eliminação de todas as formas de Discriminação Racial (ratificada em 1968); Convenção sobre os Direitos da Criança (ratificada em 1990); Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ratificada em 2008); Convenção Americana de Direitos Humanos (ratificada em 1992); Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher (ratificada em 1995).(9)
CONCLUSÃO
Feliz NATAL e abençoado ANO NOVO, com muita paz e alegrias a todos!
INTRODUÇÃO
Cumpre-me desde logo DESTACAR que o conceito estruturante de Estado Democrático de Direito tem como ponto central a pessoa humana com sua dignidade. E é através de um trabalho digno que se dá a inserção dos integrantes da grande maioria da população ativa no Sistema Econômico, Social e Jurídico, garantidor de um patamar civilizatório essencial à realização de todos como cidadãos e ao sentido de suas próprias vidas. Nesse contexto, a educação de qualidade se apresenta como um dos meios indispensáveis para se garantir o acesso aos novos postos de trabalho, principalmente nesta era digital de expansão da inteligência artificial e da robótica, em plena Revolução 4.0.
2. DIREITO À EDUCAÇÃO DE QUALIDADE PARA A FORMAÇÃO DO CAPITAL HUMANO
Em 2015, foi realizado o Fórum Mundial da Educação, em Incheon, na Coréia do Sul, no qual se adotou a “Declaração de Incheon e o Marco de Ação da Educação Rumo a uma Educação de Qualidade Inclusiva e Equitativa e à Educação ao Longo da Vida para Todos”. O fórum, mais uma vez organizado sob a liderança da Unesco com a participação de 160 países, com mais 120 ministros, chefes e membros de delegações, líderes de agências e funcionários de organizações multilaterais e bilaterais, além de representantes da sociedade civil, docentes, movimento jovem e setor privado. Todos comprometidos em estabelecer o balanço da realidade no campo da educação no mundo, com vistas a apresentar uma nova agenda para a educação até 2030 [...].
A nova agenda enfatiza o compromisso com a educação voltada para valores humanísticos, com base nos direitos humanos, no respeito à dignidade da pessoa, na justiça social, no respeito à diversidade e à igualdade de gênero, na responsabilidade dos Estados em promovê-la, na prestação de contas compartilhadas, entre outros.
Nessa ocasião, tendo a participação da UNESCO, são invocados os compromissos assumidos com a promoção da educação de qualidade até 2030, nos seguintes termos:
Comprometemo-nos com uma educação de qualidade e com a melhoria dos resultados de aprendizagem e de mecanismos para medir o progresso. Garantiremos que professores e educadores sejam empoderados, recrutados adequadamente, bem treinados, qualificados profissionalmente, motivados e apoiados em sistemas que disponham de bons recursos e sejam eficientes e dirigidos de maneira eficaz. A educação de qualidade promove criatividade e conhecimento e também assegura a aquisição de habilidades básicas em alfabetização e matemática, bem como habilidades analíticas e de resolução de problemas, habilidades de alto nível cognitivo e habilidades interpessoais e sociais. Além disso, ela desenvolve habilidades, valores e atitudes que permitem aos cidadãos levar vidas saudáveis e plenas, tomar decisões conscientes e a desafios locais e globais por meio de educação para o desenvolvimento sustentável (EDS) e da educação para a cidadania global [...]. (UNESCO, 2015).
Convém trazer à baila, o disposto no art. 13,1, do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais – resultante da juridicização da Declaração Universal dos Direitos Humano - adotado pela XXI Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 19 de dezembro de 1966 e ratificado pelo Brasil em 6 de julho de 1992:
Artigo 13,1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa à educação. Concordam em que a educação deverá visar ao pleno desenvolvimento da personalidade humana e do sentido de sua dignidade e fortalecer o respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais. Concordam ainda em que a educação deverá capacitar todas as pessoas a participar efetivamente de uma sociedade livre. (PIDESC).
Em sintonia, na Constituição da República Federativa do Brasil, em vigência desde 1988, a educação e o trabalho se apresentam inseridos no rol dos direitos fundamentais sociais, conforme está previsto no art. 6º: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”.
A educação está configurada, assim, como uma das devidas prestações positivas, obrigatórias, por parte do Estado brasileiro em favor do pleno desenvolvimento de toda e qualquer pessoa. A especificação mais detalhada do direito à educação consta dos artigos 205 a 214, da mesma Lei Maior, sendo certo que o artigo 205 assim dispõe: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Para o Banco Mundial, o capital humano consiste no conhecimento, habilidades e saúde acumuladas por pessoas no decorrer de suas vidas, o que lhes permite realizar seu potencial como membros produtivos de uma sociedade. Em 11 de outubro de 2018, o mesmo Banco Mundial divulgou o Índice de Capital Humano, durante a reunião anual entre a instituição e o Fundo Monetário Internacional (FMI) na Ilha Indonésia de Bali. De suas aferições, apresenta o seguinte resultado, dentre 157 países:
O índice, realizado em forma de ranking, analisa os países em função dos investimentos em saúde e educação para o desenvolvimento do capital humano [...]. O Brasil aparece em 81ª posição, bem abaixo de vizinhos do continente como Argentina (63º lugar) Equador (66º) ou Peru (72º). Entre os latino-americanos, o Chile é o que aparece em melhor situação, no 45° lugar. O dispositivo, que avalia critérios como escolarização e pautas de saúde, foi liderado por países asiáticos. Singapura está no topo da lista, seguido de Coreia do Sul, Japão, Hong Kong. (BANCO MUNDIAL).
Lamentavelmente, no Brasil, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), em 2019, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais ficou em 6,6%, o que corresponde a 11 milhões de pessoas. Mais da metade dos analfabetos (56,2% ou 6,2 milhões) viviam na região Nordeste e 21,7% (2,4 milhões de pessoas) viviam no Sudeste. Das 50 milhões de pessoas de 14 a 29 anos do país, 20,2% não completaram alguma das etapas da educação básica, seja por terem abandonado a escola antes do término desta etapa, seja por nunca a terem frequentado. Nesta situação, portanto, havia 10,1 milhões de jovens, dentre os quais, 58,3% de homens e 41,7% de mulheres. Apesar da proporção de pessoas de 25 anos ou mais com ensino médio completo ter crescido no país, passando de 45,0% em 2016 para 47,4% em 2018 e 48,8% em 2019, mais da metade (51,2% ou 69,5 milhões) dos adultos não concluíram essa etapa educacional. É o que mostra o módulo Educação, da PNAD Contínua 2019, divulgado em 15 de julho de 2020 pelo IBGE.
Concomitantemente, a realidade aponta que, no último trimestre deste ano, segundo pesquisa do IBGE, o número de desempregados alcançou 14,1 milhões trabalhadores (IBGE).
Convém esclarecer que a inicial difusão do termo Revolução 4.0 ou Quarta Revolução Industrial ocorreu em 2012, em Hannover, Alemanha, sendo certo também que, em janeiro de 2017, no Fórum Econômico de Davos, foram apresentados alguns dos elementos marcantes dessa Revolução, concentrada para o uso das nanotecnologias, neurotecnologias, biotecnologias, robôs, inteligência artificial, drones, sistemas de armazenamento de energia e impressora 3D.
Para Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, as contemporâneas mudanças impostas pela introdução das inovações tecnológicas específicas dessa quarta revolução industrial atingem primordialmente as relações de trabalho, ensejando a criação de novas modalidades de empregos e o aniquilamento de muitos outros, hoje existentes. Apesar de um excessivo índice de desempregados no mundo, existem vagas não ocupadas para trabalhadores bem qualificados para atividades de inovação e criatividade funcional no desempenho produtivo, que exigem contínua capacitação e adequação. E assim sintetiza:
Estou convencido que o talento, mais que o capital, representará o fator crucial da produção. Por essa razão, a escassez de uma força de trabalho capaz, mais que a disponibilidade de capital, terá mais probabilidade de constituir o limite incapacitante da inovação, competitividade e crescimento [...] Essas pressões também irão nos forçar a reconsiderar o que entendemos por “alta competência” no contexto da quarta revolução industrial. As definições tradicionais de trabalho qualificado dependem da presença de educação avançada ou especializada e um conjunto definido de competências inscritas a uma profissão ou domínio de especialização. Dada a crescente taxa de mudanças tecnológicas, a quarta revolução industrial exigirá e enfatizará a capacidade dos trabalhadores em se adaptar continuamente e aprender novas habilidades e abordagem dentro de uma variedade de contextos. (SCHWAB, Klaus, 2016 p. 15,16 e 51).
Assim, mudanças estruturais imediatas são essenciais, no campo da educação, para o enfrentamento de grandes desafios advindos da integração dos mundos físico e digital, que alteram substancialmente o modo e o conteúdo das prestações laborais, cada vez mais dependentes do alto nível de capacitação e gestão, para o acesso a postos de trabalho..
Eis as pertinentes perspectivas lançadas por Hubert Alquéres:
A OCDE é um fórum multinacional. Entre suas ações voltadas para a educação está o Pisa, respeitado sistema internacional da avaliação do ensino, cujos resultados servem de parâmetro para países identificarem a qualidade de sua educação e, a partir daí, traçar políticas públicas para a sua melhoria.
A inquietude tem razão de ser quando se leva em consideração dados do Fórum Econômico Mundial, segundo os quais 65% dos trabalhos que os jovens, que hoje estão na educação básica, realizarão ao final de seu percurso escolar, ainda nem foram inventados. Estima-se que, em um período de dez a quinze anos, 47% dos atuais postos de trabalho desaparecerão, com a robótica e a inteligência artificial, substituindo o homem em atividades rotineiras; manuais ou intelectuais.
Nesse quadro, o desafio da educação é formar jovens para empregos que ainda não foram criados, para tecnologias ainda não inventadas, para solucionar problemas que não foram previstos ainda, mas que serão uma realidade quando concluírem seu ciclo escolar e estiverem aptos a ingressar no novo mercado de trabalho. (ALQUÉRES, 2019, p. 39)
Art. 170 A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social: observados os seguintes princípios: I - soberania nacional; II - propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - livre concorrência; V - defesa do consumidor; VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (destacamos em negrito).
Indubitavelmente, não há como se alcançar o desenvolvimento sustentável do País sem o acesso à educação de qualidade e ao trabalho decente, principalmente diante de milhões de pessoas analfabetas e desempregadas, que compõem os maiores índices de exclusão social, inclusive em decorrência da pandemia do Covid-19. Portanto, impõe-se ao Estado brasileiro assumir com mais eficiência e eficácia sua responsabilidade constitucional no tocante à implementação dos direitos fundamentais sociais, dentre os quais a educação de qualidade para o acesso ao trabalho digno. Ademais, tem como direcionar a formação de parcerias público-privadas e a atuação empresarial tendentes ao alcance de etapas mais progressistas e inovadoras de produção. Assim, nessas circunstâncias, devem as empresas bem exercer sua função social, dando prevalência à dimensão humana, de modo a garantir a todos existência digna.
BANCO MUNDIAL – Índice de Capital Humano. Disponível em: http://br.rfi.fr/brasil/20181011-brasil-esta-no-81-lugar-do-primeiro-indice-de-capital-humano-do-banco-mundial. Acesso em: 13 de novembro de 2020.
IBGE. Disponível em :< https://www.ibge.gov.br/explica/desemprego.php>.
Acesso em: 3 dez.2020.
LIMA, Carolina Alves de Souza. Cidadania, Direitos Humanos e Educação: avanços, retrocessos e perspectivas para o século 21. São Paulo: Almedina, 2019.
PIDESC – PLANALTO. Disponível em< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d0591.htm>. Acesso em: 07dez.2010.
SCHWAB, Klaus. A Quarta Revolução Industrial. Trad. Daniel Moreira Miranda. São Paulo: Edipro, 2016.
UNESCO, 2015. Declaração de Incheon e o Marco de Ação da Educação Rumo a uma Educação de Qualidade Inclusiva e Equitativa. Disponível em: <https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000233137_por>. Acesso em: 27abril2020.
* Pós-Doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica - PUC-SP; Doutora em Direito do Trabalho e Sindical pela Universidade Degli Studi di Roma - LA SAPIENZA, com revalidação do diploma pela Universidade de São Paulo – USP; Especialista em Economia do Trabalho pela UNICAMP; Magistrada do Trabalho (9ª Região- PR. Aposentada); Professora Universitária em Cursos de Pós-Graduação. Autora de livro e artigos publicados em revistas e em diversas obras coletiva
Recital de Violão, com Gustavo Gorla*
Fomos brindados com um belíssimo recital, com o violonista apresentando uma sequência de músicas em vários ritmos, que mereceram aplausos (na modalidade remota) e vários comentários entusiasmados via chat
Veja e ouça sua apresentação:
> Clique aqui para abrir o vídeo
* Gustavo Gorla é violonista, compositor, produtor musical e estudante do curso de Licenciatura em Música pela Universidade Estadual de Londrina, na qual participa do projeto Cordas Brasileiras. Atua no cenário musical da cidade pela realização de apresentações, tanto solo quanto pelos projetos que participa como músico. Além de participar da organização de eventos culturais, também é idealizador do Musíca Londrina, projeto que busca trazer visibilidade para os músicos londrinenses à partir da produção de conteúdos de mídia.
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Estamos reproduzindo as mensagens recebidas durante a reunião, sob a forma de chats:
From Mimi to Everyone: Bom dia, queridos amigos !
From Danusa Almeida to Everyone: Bom dia. Sou Danusa Almeida. Presidente da União Brasileira de Trovadores da Seção Campos dos Goytacazes-RJ.
From Maryune Zenti to Everyone: Bom dia!
From Rossana Spoladore to Everyone: bom dia!
From Andréa Motta to Everyone: Bom dia a todos
From Giuseppe Caonetto to Everyone: Bom dia. A ALAP (Paranavaí) presente, na pessoa de Giuseppe Caonetto.
PALAVRAS
Veio me dizer que eu desestruturo a linguagem. Eu desestruturo a linguagem? Vejamos: eu estou bem sentado num lugar. Vem uma palavra e tira o lugar de debaixo de mim. Tira o lugar em que eu estava sentado. Eu não fazia nada para que a palavra me desalojasse daquele lugar. E eu nem atrapalhava a passagem de ninguém. Ao retirar de debaixo de mim o lugar, eu desaprumei. Ali só havia um grilo com sua flauta de couro. O grilo feridava o silêncio. Os moradores do lugar se queixavam do grilo. Veio uma palavra e retirou o grilo da flauta. Agora eu pergunto: quem desestruturou a linguagem? Fui eu ou foram as palavras? E o lugar que retiraram de debaixo de mim? Não era para terem retirado a mim do lugar? Foram as palavras pois que desestruturaram a linguagem. E não eu.
From Lucrecia Welter to Everyone: ALT e ALCA presentes, na pessoa da acadêmica Lucrecia Welter Ribeiro
From Maryune Zenti to Everyone: alguém conhece algum projeto em Londrina que envolva Direito e Arte?
From Andréa Motta to Everyone: União Brasileira de Trovadores - Seções Paraná e Curitiba, na pessoa de sua presidente - Andréa Motta
From Maria Inês Botelho to Everyone: Sou a acadêmica Maria Inês Botelho, membro da Academia de Letras, Artes e Ciências Centro-Norte do Paraná/sede em Apucarana e também de muitas outras academias e instituições análogas. Parabéns pela realização desta reunião com destaques muito interessantes. Feliz Natal! e Feliz Ano Novo! Que se supere esta situação atual na área da saúde. Que esta pandemia COVID-19 logo vá embora. Abraço acadêmica e amigo. Agradeço, imensamente, o convite enviado. Que possamos nos encontrar em 2021 de forma presencial.
From Etel Frota to Everyone: Muitos aplausos ao discurso do Dr. Sergio Alves Gomes! Verdadeiro alento!
From Lucrecia Welter to Everyone: Parabéns, Dr. Sergio Gomes!
From Adriano Alves Fiore to Everyone: Bom-dia a todo mundo
From Saulo to Everyone: Bom dia. Saulo de Tarso Pereira ACCUR - Curitiba.
Parabéns ao Dr. Sergio. Reflexões obrigatórias pelo que estamos todos passando no mundo e, em especial em nosso País.
From Neusi Berbel to Everyone: Obrigada, Dr. Sergio, por suas palavras!
From Neusi Berbel to Everyone: Gustavo Gorla!!!! Maravilha de composições!!!! Parabéns! Obrigada!!!!
From Marco to Everyone: O Gustavo é maravilhosos!!
From Maryune Zenti to Everyone: Que evento legal! reflexões interessantes e Boa musica!
From Lucrecia Welter to Everyone: Lindas músicas! Parabéns ao Gusavo!
From Mimi to Everyone: Falando em "nascimento", quero desejar que o nascimento de Jesus, que celebramos neste mês, tenha um significado especial para todos nós !
From Maryune Zenti to Everyone: 🙏
From Renata Regis Florisbelo to Everyone: Aguardando a palestra do amigo Nilson Monteiro. Parabéns à Academia de Letras, Ciências e Artes de Londrina pela iniciativa.
From User to Everyone: Será bom ouvir Nilson falando sobre Manoel de Barros!!
From Luiz Fernando Cheres to Everyon :Aguardando suas palavras, amigo Nilson!
From Rossana Spoladore to Everyone: Nilson querido! Prazer enorme estar participando com você nesse momento lindo!
From Lucrecia Welter to Everyone: Viu Nilson, vc conseguiu trazer 50 pessoas a esse momento lindo de sua fala! Parabéns desde já, meu querido!
From User to Everyone: Nilson, sua emoção nos toma o coração!!
From Saulo to Everyone: Parabéns Dra. Dinaura. Muito profunda e atual suas reflexões sobre o trabalho e a dignidade humana e, a educação de qualidade. O Brasil em particular está mergulhado no mais profundo obscurantismo, negacionismo científico, pluralismo e, a a democracia na sua plenitude.
From Lucrecia Welter to Everyone: Não há como não se emocionar ao ouvir falar da poesia de Manoel de Barros.
From Jonas to Everyone: quem desejar poderá acompanhar o trabalho do Gustavo Gorla nas redes sociais, principalmente no youtube, Facebook e twitter.
From Saulo to Everyone: As novas gerações terão um desafio gigantesco em proporcionar dignidade humana, trabalho e renda. Suas reflexões nos trazem a realidade dura e crua da vida de hoje.
From Jonas to Everyone: @gustavo.gorla no instagram
From Giuseppe Caonetto to Everyone: Grande Nilson. Sua emoção diz muito sobre poesia.
From Lucrecia Welter to Everyone: Nilson, querido, valem as lágrimas diante de tanta poesia! Viva Manoel de Barros! Viva Nilson Monteiro! Muitíssimo linda a sua palestra, estou engasgada de admiração.
From Danusa Almeida to Everyone: Nossa... um sorteio! Adorei. Tomara que eu ganhe e seja um que eu não tenha, mas se for um que eu já tenha será também muita felicidade para mim...
From Maryune Zenti to Everyone: Pergunta para o Nilson: pode-se conhecer a verdade através da poesia?
From marco to Everyone: Nilson, meu amigo/irmão é muito bom ouvir, um poetaço falando de outro grande! Nos conduz pelas trilhas magicas!
From User to Everyone: Nilson, você fala com o coração, meu amigo!!
From Giuseppe Caonetto to Everyone: Nilson de Barros, você é fera.
From Neusi Berbel to Everyone: Nilson, que delícia te ouvir e a poesia de Manoel de Barros, através de você!!!
From Luci Collin to Everyone: PARABÉNS, Nilson! Muito importante falar do Manoel!!!!
From Julio Bahr to Everyone: Creio ter feito a melhor escolha para encerrarmos este ano: trazer o grande Nilson Monteiro para nos presentear com esta palestra e sua emoção
From Etel Frota to Everyone: A ciência pode classificar e nomear os órgãos de um sabiá / mas não pode medir seus encantos. / A ciência não pode calcular quantos cavalos de força / existem / nos encantos de um sabiá. / Quem acumula muita informação perde o condão de / adivinhar: divinare. / Os sabiás divinam.
From Danusa Almeida to Everyone: Parabéns!👏👏👏⚘
From iPhone Zélia to Everyone: Parabéns! muito lindo o Manoel de Barros! muita emoção 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼!
From Etel Frota to Everyone:É também dos meus favoritos, Caonetto!
From Maryune Zenti to Everyone: O mundo perdeu a sensibilidade porque perdeu o senso poético? A poesia habita nas almas simples assim como nas almas aprofundadas no estudo acadêmico?
From Mimi to Everyone: Que beleza de palestra ! Cheia de emoção e de verdade, fazendo crescer nossa admiração por Manoel de Barros ! Parabéns, Nilson ! Obrigada !
From Etel Frota to Everyone: Aos amantes de Manoel de
Barros, mais um pouco da sua poesia, inclusive na sua própria voz: https://www.mixcloud.com/Poemoda/manoel-de-barros/
Muito lindo, querido Nilson
From Cleusa Antonia to Everyone: Nós somos a natureza... Privilégio do Manoel perceber isso e escrever sobre isto de forma tão maravilhosa...
From Lucrecia Welter to Everyone: Parabéns a todos que se apresentaram, que colocaram com tanto carinho em suas palavras, todos foram maravilhosos e gigantes nesta oportunidade! Parabéns cara presidente Ludmila!
From Giuseppe Caonetto to Everyone: Ouvir o Nilson falar de Manoel de Barros nos abre a quatro amores: Deus, Manoel de Barros, a poesia e o próprio Nilson.
From Adriano Alves Fiore to Everyone: Um Feliz Natal a todo mundo
From Danusa Almeida to Everyone: E o sorteio!!!
From Aline Caldas to Everyone: Lindo encontro! emocionante
From Lucrecia Welter to Everyone: Em nome da ALT e da ALCA, um Feliz Natal e excelente 2021 a todos, em especial aos poetas!
From Rossana Spoladore to Everyone: Parabéns, Nilson! excelente
From Lucrecia Welter to Everyone: Tudo foi maravilhoso neste domingo lindo!
From Etel Frota to Everyone: Pessoal, abro mão de participar do sorteio, por já ter O Livro das Ignorãças
From Maryune Zenti to Everyone: Obrigada! Feliz Natal!
From Danusa Almeida to Everyone: Feliz Natal e ótimo 2021 com muita saúde para todos!
From Rossana Spoladore to Everyone: Gratidão pelo convite! Foi fantástico participar novamente de uma reunião da Academia, mais de três décadas depois...